Os resultados do mês de julho já mostraram que o segmento de duas rodas permanece em tendência de alta. Exceto por quando há falta de componentes, o mercado de motos nacional vem demonstrando recuperação constante. Agora, a Abraciclo, associação que reúne as principais fabricantes brasileiras de motos, reviu sua previsão para 2021.
Até então, a entidade trabalhava com a estimativa de que as montadoras nacionais produziriam 1.060.000 motocicletas por aqui, seja para abastecer o mercado local ou para exportação. Tal número previa uma ligeira alta em relação ao fechamento de 2020, que registrou a produção de 961.986 unidades. Porém, os bons resultados nos últimos meses incentivaram a Abraciclo a rever esse número.
A associação divulgou que revisou sua previsão para a produção nacional de motocicletas em 2021 para 1.220.000 unidades. Se o número se confirmar, será um crescimento de 26,8% sobre o registrado no ano passado. Também se alterou a previsão de emplacamentos, para 1.140.000 unidades, alta de 24,6% em relação às 915.157 unidades emplacadas em 2020. Para as exportações, a perspectiva é de que sejam embarcadas 51.000 motocicletas, volume 51,1% superior ao registrado no ano passado: 33.750.
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, declarou que “depois de enfrentar um primeiro bimestre complicado devido à segunda onda do coronavírus que atingiu a cidade de Manaus, as unidades fabris registram uma curva de aceleração das produções e cumprem o seu planejamento”. Além disso, o executivo acredita que o mercado está aquecido, “pois a motocicleta hoje é instrumento de trabalho e opção de deslocamento seguro para evitar a aglomeração do transporte público”.
A Abraciclo aponta que o setor deve ficar próximo ao patamar de 2015, quando foram fabricadas 1.262.708 motocicletas. “Ainda estamos bem distantes do recorde de 2011, que teve mais de dois milhões de unidades produzidas, mas o importante é que a indústria está consolidando sua recuperação e os sinais indicam o início de um novo ciclo de expansão”, diz Fermanian.
No mês passado, foram produzidas 95.025 motocicletas, volume 9,9% inferior ao registrado em junho (105.450 unidades) e 3% menor na comparação com o mesmo mês do ano passado (97.920 motocicletas). Marcos Fermanian diz que esse recuo na produção já era esperado, devido às férias coletivas das fábricas no período.
No acumulado do ano, a indústria das duas rodas nacional fabricou 663.888 unidades, alta de 35,4% em relação a 2020, quando 490.137 motos foram produzidas. De acordo com levantamento da Abraciclo, esse é o melhor resultado para os primeiros sete meses do ano desde 2015. Naquele período foram produzidas 799.990 motocicletas.
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