A novela da Renault Alaskan segue sem uma definição para o Brasil. Durante a apresentação do Captur 2022, o presidente da empresa no país, Ricardo Gondo, afirmou que não há qualquer decisão tomada sobre a vinda da picape média importada da Argentina. De acordo com o executivo, embora seja um modelo que iria aumentar a participação de mercado da Renault por entrar em outro segmento, a alta competitividade da categoria gera receio sobre o lançamento.
Gondo comentou sobre a Renault Alaskan após ser questionado por conta das fotos publicadas recentemente de algumas unidades da picape desembarcando no Brasil. O executivo explica que serão usadas para testes e homologação do motor 2.3 turbodiesel, aproveitando o centro de desenvolvimento em São José dos Pinhais (PR) e que retornarão para a Argentina após este procedimento.
O presidente da Renault no Brasil ainda disse que não há qualquer confirmação de que a Alaskan será vendida por aqui. Isso mostra a discussão interna da marca para definir seu lançamento, pois Pablo Sibilla, comandante da marca na Argentina, diz que vem negociando com a operação brasileira para exportar a picape não só para cá, como também para o Chile e a Colômbia, o que daria mais volume de produção. Seria uma forma de fazer a operação no país vizinho voltar a lucrar.
Uma das dificuldades para trazer a Alaskan seria conseguir posicioná-la no mercado, pois ela é essencialmente uma Nissan Frontier com uma outra grade e o logo da marca francesa, usando a mesma plataforma, carroceria, motores e equipamentos. Na Argentina, ter as duas à venda fez sentido por conta da força da rede da Renault por lá, bem maior do que a da Nissan.
Apesar da indefinição, a Renault nunca escondeu o desejo de vender a picape média. Chegou até a exibir uma unidade no Salão do Automóvel de São Paulo em 2018, na época com a justificativa de que queria “medir a reação do público” – tanto é que o veículo nem deu as caras nos dias de imprensa.
Na Argentina, é vendida sempre com o motor 2.3 turbodiesel, na versão monoturbo de 160 cv, e biturbo de 190 cv. A tração pode ser 4x2 ou 4x4, dependendo do propulsor escolhido, enquanto as transmissões podem ser a manual de 6 marchas e automática de 7 posições. Esqueça motores flex, pois a Nissan disse anteriormente que o custo de desenvolvimento não compensaria pelo volume de vendas e isso se repetirá com a Alaskan.
Mesmo que a marca esteja apenas despistando e já tenha decidido lançar a Renault Alaskan por aqui, a estreia só aconteceria em 2022 (tanto no Brasil quando em outros países como Colômbia e Chile) por conta da homologação, algo que já foi antecipado pelo presidente da empresa na Argentina. E caso a estratégia seja igual a do país vizinho, a picape da Renault deve custar mais do que os atuais R$ 193.800 cobrados pela Nissan Frontier.
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