A Royal Enfield percebeu logo cedo a tendência de alguns mercados em demandar motos com visual clássico. Em 2009, a empresa lançou na Índia e nos mercados globais a linha Classic, caracterizada pelas linhas copiadas das motos antigas da empresa e marcada pelo grande monocilíndrico de 500 cilindradas. Em sua terra natal, são consideradas até como símbolo de status.
Porém, toda história chega ao fim. Em março do ano passado, a Royal Enfield anunciou que deixaria de produzir o propulsor por conta de novas regras de emissões de poluentes. Agora, a empresa está trabalhando com um novo monocilíndrico 350 com comando de válvulas no cabeçote. Ele deve estrear no Brasil ainda em 2021 com a chegada da Meteor 350.
Para marcar a despedida, a marca lançou a Classic Tribute Black, série limitada de uma de suas motos mais antigas. No Brasil, a divisão nacional da marca informou que disponibilizará apenas 120 unidades da edição especial, sendo que 1.000 serão feitas para o mundo todo. Cada uma custará R$ 25.390, sem frete.
A Royal Enfield Classic Tribute Black é baseada na atual Classic 500 oferecida no Brasil em sua configuração mais completa, já com ABS. Seus diferenciais ficam principalmente por conta da pintura preta e com detalhes dourados feitos à mão. A mesma tonalidade escura foi aplicada ao motor e ao escapamento, enquanto os bancos receberam capas com costura em forma de diamante. Por último, todas as unidades trazem uma plaqueta de numeração.
A primeira vez em que a Royal Enfield instalou um “Big Single” - monocilíndrico de maior capacidade - de 500 cilindradas em suas motos foi em 1927. Desde então, essa opção sempre esteve no catálogo da empresa de uma forma ou de outra, mesmo após os indianos terem assumido a marca. Com o anúncio do fim da produção do atual motor no ano passado, encerra-se uma história de 93 anos da empresa.
O propulsor utilizado pelas Classic e Bullet 500 no Brasil, batizado de UCE 500, foi apresentado inicialmente em 2008, mas manteve uma arquitetura clássica: um cilindro de 499 cm³ com comando no bloco e válvulas no cabeçote (OHV), intermediado por tuchos hidráulicos e trazendo arrefecimento a ar. As grandes primazias deste motor foram ser o primeiro da história da marca a ter a caixa de câmbio integrada ao bloco, eliminando a corrente ligando os eixos do motor e da transmissão, e o primeiro a ter injeção eletrônica como opção.
No entanto, até seus últimos dias na Índia, ele ainda podia ser adquirido com carburador ou com 350 cilindradas nas especificações mais baratas de lá. Em 2017, ano em que as motos da Royal Enfield chegaram ao Brasil, passou-se a oferecer a opção de freios ABS. Todas as Classic e Bullet 500 que chegaram ao nosso país tinham injeção eletrônica. O UCE 500 deixará o mercado entregando 27,1 cv de potência a 5.250 rpm e 4,2 kgfm de torque a 4.000 rpm.
Siga o Motor1.com Brasil no Facebook
Siga o Motor1.com Brasil no Instagram
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Triumph oferece até R$ 14.000 de desconto na Tiger 1200 e outras motos
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Yamaha R15 ABS e Crosser ABS chegam renovadas para 2025
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
Himalayan 450 e Shotgun 650 chegarão ao Brasil em março com montagem local
Quer apostar? Híbridos vão depreciar mais que elétricos daqui a 10 anos
Honda Super Cub: veja a história da moto que deu origem à Biz