Em muitos mercados, o segmento dos subcompactos - também conhecidos como supermini e segmento B na Europa - está morrendo. Isso acontece até mesmo aqui no Brasil, onde temos apenas dois modelos na categoria: Fiat Mobi e Renault Kwid. O que está acontecendo no Velho Continente é uma transição para os SUVs subcompactos, o que impulsionou o segmento a somar 2,25 milhões de vendas em 2020.
Há outros problemas para os hatchbacks subcompactos, por conta da crescente complexidade dos modelos, para atender às normas de emissões na Europa. As regras do Euro 7, que passarão a valer no final de 2025, irão forçar ainda mais estes modelos a abandonarem os motores a combustão puros, usando algum tipo de eletrificação ou tornarem-se completamente elétricos. E isso farão com que fique muito mais caros.
Luca de Meo, chefe do Grupo Renault, bateu um papo com a revista Autocar e discutiu diversos tópicos diferentes, desde a nova estratégia focada em elétricos até a situação do segmento dos subcompactos. E, para o executivo, o futuro dos superminis é bem desastroso, pois estão bem próximos de não darem nenhum lucro. No entanto, as coisas podem mudar.
“Há um custo básico para 'limpar' os motores a combustão" disse de Meo. "Você precisa de um filtro de partículas com platina, ródio e outras coisas caras, seja ele usado em um Clio ou em um Mercedes-Benz Classe S. Claro, o do Classe S é um pouco maior, mas muito mais barato dentro do preço pago pelo carro e que o cliente pode pagar. Só que a vida fica mais difícil para as fabricantes que fazem carros pequenos.”
Sem entrar em mais detalhes, de Meo disse à Autocar que os subcompactos com motores a combustão podem dobrar de preço quando o Euro 7 começar a valer. E qual é a solução? O CEO da Renault acredita que a eletrificação é a resposta.
“Enquanto isso, o custo das baterias está caindo cerca de 10% por ano, segundo nossa experiência. E carros pequenos elétricos precisam de baterias menores, então a proporção do custo é ainda menor do que um VE maior. Enquanto um subcompacto com motor a combustão ficará mais caro, o equivalente elétrico ficará mais barato. Está chegando o momento em que as curvas de custos dos dois irá cruzar, momento em que os carros elétricos se tornarão mais viáveis na Europa", ele explicou.
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Fonte: Autocar
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