A Jeep usa o nome "Cherokee" desde 1974 em alguns de seus SUVs e são famosos no mundo inteiro. Acontece que em 2013, nos últimos dias da era do Grupo Chrysler e antes da fusão com a Fiat, a tribo indígena norte-americana Cherokee disse ao jornal The New York Times que não havia sido consultada antes da Jeep reintroduzir o nome "Cherokee" nos Estados Unidos como um substituto para o antigo Liberty.
Agora sob o guarda-chuva da Stellantis, com a fusão FCA-PSA, a montadora americana está enfrentando uma pressão crescente para retirar o nome indígena de seu portfólio. Chuck Hoskin Jr., chefe principal da Nação Cherokee, declarou em entrevista ao Automotive News no início desta semana que a Jeep "respeitosamente recusou" fazer a mudança de nome. No entanto, o The Wall Street Journal, após conversar com o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, agora está relatando que essa opção radical não foi totalmente descartada.
Embora o chefe da quarta maior fabricante de automóveis do mundo não tenha certeza se "há um problema real" em relação ao uso do nome "Cherokee", ele promete que a disputa será resolvida. "Se houver um [problema], bem, é claro que vamos resolver", disse. Por enquanto, Tavares não está vendo “algo que seja negativo” ao usar o nome, e acrescenta que o emblema Cherokee representa a maneira de “expressar nossa paixão criativa, nossas capacidades artísticas”.
Carlos Tavares prosseguiu dizendo que a Stellantis e a Jeep estão "prontas a ir a qualquer ponto - até o ponto em que decidirmos com as pessoas adequadas e sem intermediários". A montadora está totalmente ciente de que é um assunto que precisa ser tratado com cautela, dada a popularidade do Cherokee e do Grand Cherokee. Além disso, há um novo Grand Cherokee L de sete lugares para 2022, que também teria que receber um novo nome.
As novas discussões entre Stellantis e a Nação Cherokee surgiram de uma declaração feita por Chuck Hoskin Jr. em fevereiro: "Tenho certeza de que isso vem de um lugar bem intencionado, mas não nos honra por ter nosso nome estampado no lado de um carro". O uso de um nome novo seria uma grande movimentação para a Jeep em termos de marketing, mas parece que Carlos Tavares está aberto à ideia de mudar a marca de seus SUVs de sucesso.
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Fonte: The Wall Street Journal
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