Apesar da pandemia, os planos de fusão 50/50 da Fiat-Chrysler e do Grupo PSA seguem a todo vapor. As duas fabricantes anunciaram hoje que irão criar uma empresa chamada Stellantis, nome do novo grupo que irá englobar as 13 marcas das duas montadoras. O processo de fusão só será finalizado no primeiro trimestre de 2021, caso seja aprovado pelos acionistas e pelas agências antitruste.
O comunicado enviado à imprensa explica que o nome Stellantis veio do verbo “stello” em latim, que significa “iluminar com estrelas”. A ideia é que as duas fabricantes formem uma nova empresa que irá combinar suas “estrelas” (ou seja, suas marcas) para iluminar o caminho na próxima era da mobilidade.
Stellantis será usado exclusivamente ao falar do novo grupo automotivo, sem que isso afete os nomes das 13 marcas que continuarão a ser usadas. É a mesma coisa que acontece com o Grupo Daimler, dono da Mercedes-Benz. Apesar da imagem divulgada acima, este não é o logotipo oficial, que ainda não foi definido e será o próximo passo no processo, que começou assim que a FCA e a PSA assinaram o acordo de fusão.
A fusão entre Fiat-Chrysler e Grupo PSA irá criar a quarta maior fabricante de automóveis e comerciais leves do mundo, com expectativa de um rendimento de US$ 190 bilhões por ano e de vender cerca de 8,7 milhões de carros anualmente. Uma das estratégias já definidas é que 2/3 dos carros serão baseados em apenas duas plataformas para modelos pequenos e médios, o que significa que serão cerca de 3 milhões de veículos produzidos em cima de uma única plataforma. Há rumores até sobre a volta do Fiat Punto com a arquitetura do Peugeot 208.
No total, serão 13 marcas fazendo parte do grupo. A PSA entra com Citroën, DS, Opel/Vauxhall e Peugeot; enquanto a Fiat-Chrysler participará com Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati e Ram – a Ferrari ficará de fora. Carlos Tavares, CEO da PSA e que irá comandar também a Stellantis, diz que irá manter cada uma dessas marcas.
Foto: divulgação
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