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Salão de Genebra enfrenta problemas financeiros e pode desaparecer

Organização não tem dinheiro para aguentar até 2021 e revela estar próxima de pedir falência

Genève 2017

Quando a pandemia de Covid-19 atingiu a Europa em fevereiro, os organizadores do Salão do Automóvel de Genebra adiaram o cancelamento do evento pelo maior tempo possível, só anunciando que a feira não iria acontecer poucos dias antes da abertura para a imprensa. E com as dificuldades pelas quais a Palexpo SA, a promotora do programa, está passando, agora podemos entender essa relutância em pronunciar o cancelamento.

Sandro Mesquita, diretor do Salão de Genebra, deu recentemente uma entrevista ao La Tribune de Genève, na qual ele não mediu palavras e não tentou melhorar a situação, agora perto do desastre. "Se não encontramos uma solução até setembro, corremos o risco de liquidação da empresa. Teremos que vender nossos ativos, em particular a marca e as ações da Palexpo SA", disse Mesquita. Estas palavras confirmam que a situação de um dos principais eventos do mercado automotivo do mundo é muito grave.

Em um comunicado de imprensa publicado no mês passado, a Palexpo SA revelou que tinha de recusar um empréstimo de 16,8 milhões de francos suíços (cerca de R$ 9,6 milhões), solicitado ao cantão de Genebra, pois as condições que o acompanhavam eram "contrárias aos seus estatutos e, em particular, da razão de existir Fundação por mais de 100 anos." Esta publicação pouco detalhada já parecia preparar o terreno para o cancelamento da edição de 2021 do Salão de Genebra, uma vez que o organizador também revelou que seus principais expositores o aconselharam a adiar a próxima edição para 2022.

Os expositores, que são principalmente as fabricantes de automóveis, também enfrentam uma forte crise após o coronavírus. Sandro Mesquita mais uma vez garantiu que seria muito difícil realizar o evento em Genebra em 2021, pois não sabe se a organização da feira irá sobreviver nos próximos meses.

Para isso, não há muitas escolhas e as melhores soluções passam pela busca por investidores privados ou por um acordo melhor com o cantão de Genebra, para não ter que responder às condições desejadas pelas autoridades. Mas o tempo está se esgotando e estamos torcendo para que a reunião feita no dia 22 de junho dê resultado para garantir a sobrevivência do salãõ dos superesportivos.

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