Lançado no Brasil em março, após quase três anos à venda na Europa, a segunda geração do Duster manteve o apelo do custo-benefício que sempre caracterizou o SUV da Renault. No entanto, como costuma ser praxe entre os fabricantes, a frota de imprensa da marca francesa conta inicialmente apenas com a versão topo de linha Iconic do modelo, por agregar o maior número de novidades. O problema é que geralmente as versões mais caras não são as mais procuradas pelo consumidor.
Em nossos testes com o Duster Iconic, nós mesmos dissemos que ficaríamos com a versão intermediária Intense, que custa R$ 4 mil a menos e já vem com os itens mais interessantes. Agora, se você não faz questão do câmbio automático (uma caixa variável CVT neste caso), o Duster Zen manual é aquele que realmente oferece a melhor relação custo-benefício da gama. Especialmente quando equipado com o Techno Pack, como esta unidade que nossa reportagem encontrou na concessionária Sinal, na zona zul da capital paulista.
Vejamos: o Duster Zen MT custa R$ 74.690 e já vem de série com ar-condicionado, direção elétrica, controle de estabilidade com assistente de partida em rampa, chave canivete, rodas aro 16" e rádio AM-FM com Bluetooth e entrada USB. Como opcional, vale a pena investir R$ 3.000 no Techno Pack, que troca o rádio pela nova central multimídia Easylink com tela de 8" e adiciona dois altos-falantes (6 no total), faróis de neblina, limitador de velocidade e substitui as rodas de aço por outras de liga, mantendo o aro 16", além de trazer os retrovisores pintados na cor da carroceria. Na cor sólida, esse carro vai a R$ 77.690, mas a concessionária o oferecia por cerca de R$ 75 mil. Optar pelas cores metálicas adiciona R$ 1.650 na conta.
Por fora, o Duster Zen com o Techno Pack fica praticamente idêntico ao Intense, exceto pela imitação de estribo no para-choque em preto (é prata nos modelos mais caros). Conta com luz diurna DRL nos faróis e acabamento plástico nos para-lamas dianteiros, além do rack de teto. Por dentro, a principal diferença fica por conta da ausência do revestimento de couro nos bancos (recebe um tecido cinza) e do ar digital, trocado por um sistema analógico com três grandes botões giratórios. As maçanetas são de plástico preto, mas o acabamento metalizado nas saídas de ar foi mantido das versões superiores.
O câmbio manual de 5 marchas é o mesmo do Duster anterior e, embora não tenhamos testado o modelo ainda, deve apresentar desempenho superior ao CVT, que demora a "embalar" o SUV. O motor é sempre o 1.6 SCe de até 120 cv de potência e 16,5 kgfm de torque. Dados da Renault indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos quando abastecido com etanol, tendo médias de consumo de 7,7 km/litro na cidade e 7,8 km/litro na estrada, pelo Inmetro. Em nosso teste, a versão CVT fez 0 a 100 km/h em 13,8 segundos e teve médias de consumo de 7,2 km/litro na cidade e 9,7 km/litro na estrada, também com etanol.
Desde de que a nova geração do Duster chegou às lojas, o modelo tem voltado a aparecer no Top 20 do mercado brasileiro em vendas, a maioria das vezes no Top 5 entre os SUVs compactos. Para 2021, é esperada a oferta do motor 1.3 turboflex que vai estrear no Captur renovado e deve chegar ao Duster meses depois.
Fotos: autor/Motor1.com
Proibida reprodução sem autorização prévia (Copyright Motor1.com)
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Geely e BYD entram no Top 10 global de montadoras; Suzuki fica de fora
Após 12 anos, HB20 chega à Argentina com motor descartado no Brasil
À espera do Toyota Yaris Cross, Sedan deixará de ser produzido em novembro
Ram tem até R$ 68 mil de bônus e taxa 0% para as picapes Rampage e 3500
Electric Days: brasileiro prefere elétrico e híbrido plug-in, diz ABVE
Yamaha colabora com anime futurista Tokyo Override da Netflix
Honda HR-V sobe de preço e passa de R$ 200.000; veja tabela