Os últimos anos não foram bons para a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, com todos os problemas após a prisão e fuga do ex-CEO Carlos Ghosn. E a pandemia parece piorar ainda mais a situação. Segundo a agência Reuters, a Nissan pode cortar até 20 mil funcionários e a Renault pode até desaparecer por completo. As duas empresas anunciarão uma nova estratégia no dia 27 de maio.
Falando para a rádio Europe 1, Bruno Le Maire, ministro da Economia da França, fez uma previsão bem sinistra sobre a marca, dizendo "Sim, a Renault pode desaparecer". Le Maire pediu para a fabricante manter aberta a linha de montagem em Flins, local onde trabalham 2.600 trabalhadores e que produz o elétrico Zoe e o Nissan Micra (a versão europeia do March). O governo francês está avaliando se pode emprestar US$ 5,5 bilhões para a Renault manter-se viva durante a pandemia. Enquanto isso, a empresa está considerando cortar modelos de sua linha.
As coisas não estão muito melhores no Japão, onde a Nissan está enfrentando tanto o impacto do coronavírus nas vendas globais quanto uma crise financeira, piorada após o escândalo envolvendo Carlos Ghosn. Segundo a publicação Kyodo News, a fabricante japonesa pode demitir 20 mil funcionários em todo o mundo, menos de um ano depois de já ter reduzido sua quantidade de trabalhadores em 10%.
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De acordo com a Reuters, citando fontes dentro da Nissan, a empresa está tentando tornar-se mais leve e ágil, focando nos mercados chinês e norte-americano enquanto limita sua operação na Europa. Enquanto isso, a meta de vendas anual pode cair em até um milhão de unidades enquanto a demanda continua baixa por conta da pandemia.
Tanto a Nissan quanto a Renault se recusaram a comentar sobre o assunto com a Reuters. Até o ano passado, a Aliança era a maior fabricante de automóveis do planeta, atrás apenas do Grupo Volkswagen e da Toyota.
Fonte: Reuters
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