O futuro do que será a quarta maior fabricante de carros do mundo não está em risco, segundo o Grupo PSA. A informação publicada pelo site Automotive News desmente os rumores que surgiram nos últimos dias de que a fusão com a Fiat-Chrysler poderia não acontecer mais por mudanças no cenário econômico por conta do coronavírus. A doença obrigou as fabricantes a parar a produção, enquanto os concessionários fecharam suas portas.
As duas fabricantes assinaram um memorando de entendimento em dezembro, menos de dois meses depois do anúncio inicial de que estavam discutindo a fusão. Entre o anúncio de outubro e a finalização em dezembro, descobrimos que a fusão iria manter todas as marcas de cada uma das empresas, colocando 13 nomes sob o mesmo teto.
Segundo os rumores, o possível motivo para o cancelamento da fusão seriam as incertezas no futuro econômico das fabricantes. Com a produção de veículos parada e concessionárias fechadas, as montadoras não fazem dinheiro. Parte do acordo entre Fiat-Chrysler e PSA inclui pagar um dividendo especial de 5,5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 30,4 bilhões) para os acionistas da FCA. Ao mesmo tempo, a PSA irá se separar da Faurencia, fabricante francesa de autopeças, como parte do acordo. A perspectiva de qualquer uma das empresas receber ajuda do governo, por empréstimos ou outra forma, enquanto pagam bilhões para seus acionistas não deve ser bem recebida pelos contribuintes. Ambas as montadoras tiveram queda no preço das ações desde que anunciaram a fusão.
O Grupo PSA disse ao Automotive News que é "inapropriado especular" sobre a fusão e como ela pode mudar considerando a situação atual (e em constante mudança) do mundo. A empresa disse que está focando em proteger seus funcionários e a companhia, enquanto a Fiat-Chrysler se recusou a comentar.
Fonte: Automotive News
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