Quando a Fiat-Chrysler e a PSA anunciaram a fusão para criar a quarta maior fabricante automotiva do mundo, ficou no ar como isso irá afetar as marcas de ambas os grupos. Afinal, elas vendem carros com o nome de 13 empresas diferentes, muitas delas fazendo sobreposição em diversos segmentos e no mesmo mercado. De acordo com Carlos Tavares, CEO da PSA e que irá assumir a operação da nova empresa, nenhuma marca será extinta.
No total, a PSA tem quatro marcas: Citroën, DS, Opel/Vauxhall e Peugeot. Já a Fiat-Chrysler é bem maior, com Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati e Ram, sem contar a divisão de carros comerciais e a SRT, que só produzia o Viper e hoje está no limbo. A Ferrari ainda é da FCA, que tem 90% das ações, mas com uma operação totalmente separada.
Em entrevista à BFM Business, Tavares disse que não há planos de acabar com nenhuma das marcas, nem da PSA e nem da FCA. "Eu vejo que todas essas marcas, sem exceção, têm uma coisa em comum: elas têm uma história fabulosa", afirma o executivo. "Nós amamos a história das marcas de carro, ela nos dá o fundamento para nos projetar para o futuro. Então hoje, se o acordo for concluído, não vejo necessidade de remover marcas, pois todas elas têm suas histórias e suas forças."
Tavares ainda comentou que as marcas complementam umas as outras geograficamente. O site Automotive News Europe reporta que 66% do lucro da Fiat-Chrysler vem da América do Norte,, enquanto este número cai para 5,7% na PSA. Por outro lado, a PSA lucra muito mais na Europa, onde a FCA ainda tem problemas para se restabelecer.
Embora o executivo seja otimista, há algumas marcas que estão em uma situação delicada dentro da Fiat-Chrysler. A Lancia, por exemplo, tornou-se uma marca de um carro só, vendendo o hatch Gamma Ypsilon. Outra empresa tentando dar certo é a Alfa Romeo, que está com um portfólio restrito a três carros: Giulia, Giulietta e Stelvio. Será mesmo que todas serão mantidas?
Fonte: Automotive News Europe
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