Ao contrário da maioria das montadoras, que levam em conta a opinião dos clientes para modificar ou aprimorar projetos, a Bugatti prefere tomar decisões por contra própria. Pelo menos é o que disse recentemente em entrevista Pierre Rommelfanger, chefe de projetos especiais da empresa.
De acordo com o executivo, apesar de a marca constantemente enviar equipes para eventos importantes a fim de conhecer melhor os clientes e se aproximar do seu seleto público, existe internamente a diretriz de que todo todo projeto especial seja perfeitamente encaixado dentro da estratégia da própria companhia. Existem até feedbacks úteis e usados como inspiração, mas a palavra final sempre acaba sendo da Bugatti.
“É claro que, como designer, eu conseguia facilmente dizer sim a [pedidos dos clientes]. Mas como estrutura geral da empresa, acho que poderia ser algo difícil para a Bugatti focar apenas em ouvir opniões. Apenas montar um carro protótipo e depois entregá-lo às pessoas seria irresponsável demais. Isso soa exótico e extravagante, mas na verdade é mais fácil dizer do que fazer", disse Rommelfanger à revista britânica Autocar.
Além dessa restrição, a Bugatti impõe condicionantes à venda de modelos de edições limitadas para qualquer cliente. Atualmente, há uma lista de interessados prontos para comprar um exemplar do Divo caso algum dos 40 clientes que já reservaram o modelo cancele pedido.
Apesar disso, a base de clientes é extremamente leal e a maioria fecha negócio sem sequer dirigir o carro. No caso do Divo, por exemplo, a produção só será iniciada no ano que vem. Na sequência, o La Voiture Noire começará a ser entregue em 2021 e o Centodieci apenas em 2022.
Fonte: Autocar
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