Além das mudanças constantes oriundas do próprio avanço da indústria automotiva, General Motors e Ford têm se mantido alertas sobre outra grave preocupação: a dura guerra fiscal travada entre Estados Unidos e China. De acordo com a agência de notícias Reuters, ambas as montadoras temem que o embate entre os dois países acabe gerando consequências graves à economia global, com reflexos diretos sobre o mercado automotivo. Prova disso é o aumento dos custos com matéria-prima verificado nos últimos meses e a desaceleração da demanda tanto no mercado norte-americano quanto no chinês. O temor de uma recessão tem dominado as negociações em Wall Street neste ano e estimulado uma onda de extrema volatilidade.
Em conferência realizada recentemente, Matt Fields, diretor financeiro da Ford, disse que a companhia tem reservas da ordem US$ 20 bilhões para o caso de outra recessão global. Da mesma forma, o diretor financeiro da GM, Dhivya Suryadevara, confirmou ter disponíveis cerca de US$ 18 bilhões. Suryadevara disse ainda que tem modelado tanto cenários moderados quanto severos de desaceleração semelhantes aos de 2008 e 2009 para ter uma noção de como isso pode afetar a lucratividade e o fluxo de caixa da montadora. "É algo que continuamos monitorando e atualizando continuamente para garantir que estamos prontos para quando a crise acontecer", disse.
Ford, por sua vez, afirmou que está avaliando "proativamente" seus movimentos futuros, enquanto trabalha com economistas para modelar a severidade de uma possível recessão.
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Fonte: Reuters
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