Conforme já comentamos em outras ocasiões, este ano não haverá nenhum grande lançamento da FCA no Brasil. Em 2020, no entanto, a lista de atrações será recheada - e vai incluir, além de novos modelos e reestilizações, a aguardada estreia dos motores turbo da empresa.
Pelo que apuramos com fontes ligadas à FCA, estão em desenvolvimento duas versões turbo dos Firefly nacionais, tanto na versão de 3 cilindros e 1.0 litro quanto na de 4 cilindros e 1.3 litro. Além do turbo e da injeção direta, os motores vão receber cabeçote de quatro válvulas por cilindro (são apenas duas nos aspirados). Ambos irão substituir os atuais 1.8 E-Torq e 2.0 Tigershark - e talvez até o 2.4 Tigershark da Toro, pois ele o 2.0 são importados e caros. Já o 2.0 Multijet turbodiesel seguirá sem alterações.
Argo e Cronos vão trocar o atual 1.8 E-TorQ pelo 1.0 turbo Firefly em 2020, visando torque e economia
Já lançados na Europa, os Firefly turbo rendem 120 cv e 19,4 kgfm de torque na versão 1.0 e 150 cv e 27,6 kgfm na 1.3, respectivamente. Por aqui, esses números podem variar um pouco por conta do etanol, uma vez que no Brasil eles terão injeção flex. A ideia da FCA é usar o 1.0 nos modelos menores, como Fiat Argo e Cronos, e o 1.3 na Toro e nos Jeep Renegade e Compass. Pelo que ouvimos, o 1.0 deve ser aproveitado também numa versão de entrada do Renegade - lembrando que carros com motores até 1 litro pagam menos IPI.
Compass e Toro vão aproveitar a chegada do motor 1.3 turbo para também receberem sua primeira reestilização. Será uma mudança leve, apenas para atualizar os dois (bem) conseguidos desenhos, assim como ocorreu com o Renegade no ano passado. Espere também por algumas mudanças na cabine e novidades na parte de conectividade, mais especificamente uma nova central multimídia.
Toro terá leve reestilização e motor 1.3 turbo; Renegade deve ganhar, além do 1.3 turbo, também o 1.0 turbo
Vale lembrar que em 2020 a Toro precisará evoluir para se distanciar da futura nova Strada, que vai crescer e ganhar versão cabine dupla efetiva, com quatro portas. Como a Toro vai ganhar o 1.3 turbo, é possível que a Strada fique com o 1.3 aspirado nos modelos de entrada e com o 1.0 turbo nas versões mais caras, assim como Argo e Cronos - e não com o atual 1.8 aspirado como chegou a se cogitar.
Outra novidade ficará por conta do câmbio automático ligado ao motor 1.3 aspirado (no lugar do automatizado GSR), neste caso somente para a linha compacta, ou seja, Argo, Cronos e nova Strada.
Em resumo, o ano que vem promete ser agitado para a FCA.
Fotos: divulgação
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