"O ano começou com uma expectativa grande com o fim do Inovar Auto e o Super IPI. Aí o Dólar disparou". Foi assim que José Luiz Gandini, presidente da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) começou a primeira coletiva do ano, momento em que a associação divulga os resultados de 2018 e as projeções para 2019.
De fato, o mercado brasileiro não foi fácil principalmente para as importadoras, grandes dependentes do valor da moeda estrangeira e de impostos de importação. Se a projeção para 2018 era de 40 mil unidades, o ano fechou com 37.582 unidades licenciadas pelas marcas da entidade. Justamente aqui que entra a declaração de Gandini, mas ainda comemorando o crescimento de 26,3% em comparação com 2017 (29.751 unidades). "O fim dos 30% de IPI foram neutralizados pela alta do Dólar", complementou o presidente.
Se um dia a Abeifa representou apenas marcas de importados, hoje algumas destas empresas já possuem fábricas no país. É o caso da BMW e Mini, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki, que emplacaram 23.699 unidades nacionais em 2018, crescimento de 29% em comparação com 2017.
Ao falar de 2019, Gandini mistura positivismo com certa cautela. A Abeifa projeta o licenciamento de 50 mil unidades de importados e 55.000 unidades nacionais de seus associados. O crescimento dentre os nacionais é de 132%, boa parte pela Caoa Chery, que está investindo em Jacareí (SP) e Anápolis (GO), que sozinha espera responder por 40 mil unidades.
"É muito difícil projetar o volume deste ano por conta da cotação do Dólar. Ninguém sabe ainda o que vai acontecer, pois está muito instável. Pode subir 10% ou pode cair mais 10%", encerrou Gandini.
Com informações de Nicolas Tavares
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