A Mazda já vendeu carros no Brasil, foi embora, cogitou retornar em 2012 com modelos produzidos no México, mas desistiu por conta dos altos impostos e pela instabilidade política. No entanto, a aprovação do Rota 2030 e a mudança de governo parece ter despertado novamente o interesse da montadora japonesa.
Durante o mês de dezembro, o colunista Amauri Segalla do jornal Estado de Minas, publicou que a Mazda estuda produzir modelos no Brasil a partir de 2021. O estado que estaria na mira é Goiás, que atualmente é o quarto maior polo automotivo do país. A estratégia inicial seria fechar um acordo com montadoras que possuem fábricas ociosas na região, caso da HPE. Até mesmo a planta da CAOA foi cogitada, mas com a produção dos modelos Chery em Anápolis, a possibilidade desta opção é mais remota.
O novo estudo vem sendo conduzido, pelo menos desde o fim das eleições presidenciais, pela consultoria Deloitte. Um ponto importante a ser colocado na conta é a situação de Goiás dentro do novo regime automotivo, pois na aprovação da medida, isenções fiscais para as montadoras instaladas no estado não foram prorrogadas.
O fato é que o esperado cenário político mais estável e a previsibilidade dada pelo Rota 2030 permitem montadoras como a Mazda estabelecerem projetos de longo prazo em todas as outras regiões do país. O traz a possibilidade do retorno da marca é o respaldo jurídico de que não haverão mudanças drásticas no regime de tributação, como aconteceu com o Super-IPI que praticamente obrigou investimentos altíssimos em novas fábricas e que agora se tornaram ociosas pelo desaquecimento do mercado.