A Volkswagen está usando o Hyundai Creta, novo líder de vendas entre os SUVs compactos, para testes finais do T-Cross, o crossover derivado do Polo. É o que mostra esse flagra feito por nossa equipe nos arredores da fábrica da marca na Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Mostrado ao público no Salão do Automóvel, o primeiro SUV compacto da VW tem lançamento previsto para abril.
Em conversa com executivos da VW, ouvimos que o Creta se destacou na avaliação interna dos concorrentes do T-Cross. "É um projeto com boa qualidade de construção, espaço e dirigibilidade", disse um dos envolvidos no projeto. Além disso, o amplo leque de opções do modelo da Hyundai, com dois motores (1.6 e 2.0), transmissões (manual e automática de 6 marchas) e range de preços (de R$ 77.890 a R$ 103.990) fazem dele o grande rival do T-cross. Não por acaso, o Creta acaba de deixar o Honda HR-V para trás e fechará 2018 como o modelo mais vendido do segmento.
Para atender ao consumidor brasileiro, a VW optou por deixar o T-Cross nacional maior. Enquanto na Europa ele usa a base do Polo, com 2,56 m de entre-eixos, por aqui ele aproveita a plataforma do Virtus, com 2,65 m de entre-eixos. Com esse aumento, o comprimento passou de 4,11 m do carro europeu para 4,19 m no brasileiro. O porta-malas varia de 373 a 420 litros, dependendo da posição do encosto do banco traseiro. Analisando as medidas do Creta, vemos que a decisão da VW do Brasil foi acertada. O modelo da Hyundai é ainda mais comprido (4,27 m) e tem maior porta-malas (431 litros), mas perde no entre-eixos (2,59 m).
Uma das fortalezas do T-Cross estará na gama de motores TSI, com turbo e injeção direta (no Creta tanto o 1.6 de 130 cv quanto o 2.0 de 166 cv são aspirados e com injeção no coletor). O 1.0 terá duas versões, uma de 125 cv na versão de entrada manual de 6 marchas (que usará a mesma caixa do finado Golf TSI MT) e outra de 128 cv na versão automática, também de 6 relações (sempre com 20,4 kgfm de torque). Já o 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm estará disponível nos modelos intermediário e topo de linha, sempre com a transmissão automática de 6 marchas. Todos os T-Cross terão tração apenas dianteira.
Outra aposta da VW em seu SUV será a vasta lista de equipamentos. A versão Highline 1.4 topo de linha terá itens como painel de instrumentos digital, central multimídia de 8", partida por botão, controles de estabilidade e tração com assistente de partida em rampa, rodas aro 17", bancos de couro, seletor de modos de condução, sistema de estacionamento automático park assist, faróis Full-LED, seis airbags, iluminação interna em LEDs, saída de ar no banco traseiro, quatro tomadas USB e teto solar panorâmico, entre outros recursos.
Preços não deverão ser tão agressivos quanto os do Creta, devendo variar entre R$ 85 mil e R$ 110 mil. Será que o T-Cross vai ameaçar o SUV da Hyundai nas vendas? A resposta virá a partir do fim do primeiro semestre do ano que vem.
Fotos: Motor1.com e divulgação
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