Ao apresentar a picape conceito Tarok no Salão do Automóvel, a Volkswagen adiantou que o protótipo antecipa cerca de 80% do modelo de produção que chega até o fim de 2020. Isto é, o carro final manterá muito do que foi mostrado ao público, mas perderá alguns itens para facilitar e, claro, reduzir o custo de produção. Pelo que apuramos, porém, um dos destaques da picape será mantido: o painel traseiro rebatível na parte traseira da cabine, que aumenta a dimensão da caçamba ao se rebater o banco traseiro, criando um piso plano.
"Nós chegaremos depois, então temos de trazer algo novo", afirmou um executivo da VW à reportagem do Motor1.com, quando questionado sobre o recurso. O fato de "chegar depois" demonstra uma clara resposta ao sucesso da Fiat Toro, que aliás também previa essa abertura na cabine em seu projeto original - depois acabou sendo cortado por custos. A ideia não é exatamente nova, pois foi usada pela antiga Chevrolet Avalanche nos anos 2000 (modelo que chegou a ter sua venda cogitada para o Brasil). Mas não deixa de ser genial, pois aumenta sobremaneira a caçamba quando não for preciso levar ocupantes no banco traseiro.
No caso da Tarok, a medida original da caçamba é de 1.206 mm. Ao se rebater o banco traseiro, o comprimento passa a 1.861 mm. Uma terceira opção, de acordo com o material de divulgação da VW, mostra a picape sem o banco traseiro (dando a entender que ele será removível) e com a tampa aberta, condição que leva a caçamba para 2.775 mm - lembrando que a abertura da cabine vai somente até um pouco antes da base do vidro traseiro, conforme mostra a foto abaixo, limitando a altura do objeto a ser carregado. Também será preciso usar um extensor de caçamba para poder rodar com a caçamba aberta, como acontece na rival Toro. A capacidade de carga será de 1.000 kg.
Em termos mecânicos, a Tarok deverá estrear conforme apareceu no Salão: motor 1.4 TSI Flex com 150 cv ligado ao câmbio automático Tiptronic de seis marchas e opção da tração integral 4Motion. A própria VW, entretanto, já adiantou que a picape usará também um motor a diesel, o 2.0 TDI, com 150 cv - possivelmente uma versão atualizada do propulsor de turbo único usado nas versões de entrada da Amarok.
Fora isso, a Tarok traz as mesmas atrações do SUV T-Cross, como o painel de instrumentos digital Active Info Display e a central multimídia de 8" Discover Media. Derivada da plataforma MQB, a picape deverá ser fabricada ao lado do SUV em São José dos Pinhais (PR) a partir do segundo semestre de 2020, com chegada ás lojas até o fim daquele ano.
Fotos: divulgação e Motor1.com
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