Anunciada há alguns meses pelo chefe de design Laurens van den Acker, a estratégia de diferenciar a Renault da Dacia em mercado emergentes como o Brasil terá implicações significativas na filosofia estética de cada marca. Em entrevista recente, o executivo adiantou que a prática do famigerado rebadge (troca de logotipos) será finalmente descontinuada e que a Renault constituirá uma linha de modelos próprios a nível global. Nesse sentido, a ideia é distinguir os caminhos a serem seguidos por cada fabricante e imprimir um maior nível de identidade em cada uma.
"Vamos tentar ser mais mais estratégicos. Estou trabalhando para que a Renault seja mais latina e sensual, enquanto a Dacia será germânica e robusta. Essa ideia está funcionando muito bem para nós”, explicou o chefão. Dessa forma, a linha a ser seguida pela francesa será mais ousada, emocional e chamativa do ponto de vista do design, ao passo que a fabricante romena adotará em seus carros um perfil mais racional, técnico e enxuto.
"Meu objetivo é ter uma linha global da Renault", disse Van den Acker. A partir de agora, todos os próximos lançamentos da marca em mercados emergentes terão design próprio, sem qualquer semelhança estética com os carros da Dacia. Prova disso é o SUV-cupê Arkana, que mesmo desenvolvido sobre a base B0 (de origem romena) tem design próprio e alinhado aos demais produtos franceses. Segundo o executivo, a única exceção será o Duster de nova geração, deixado de fora desta nova estratégia por estar bem posicionado no mercado e ser um dos veículos mais vendidos do grupo.
No caso dos próximos Sandero e Logan, conforme já adiantado, a grande inspiração será a nova geração do Clio, a ser lançada na Europa em 2019. O compacto, em versão simplificada, sucederá o Sandero no Brasil e poderá até mesmo ressuscitar este tradicional batismo. Lá fora, o Sandero terá uma nova geração própria e será vendido unicamente com o logotipo da própria Dacia.
Fonte: Autocar
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