Flagrada em testes de rodagem na Europa desde abril, a nova geração do Renault Clio aos poucos vai perdendo camuflagem e deixando à mostra detalhes definitivos do novo desenho. Prova disso são estas imagens espiãs captadas pela agência Automedia, que pela primeira vez confirmam a manutenção das maçanetas traseiras camufladas na coluna exatamente como acontece no modelo atual. A quinta geração do Clio interessa bastante aos brasileiros porque será usada como inspiração para o desenvolvimento do próximo Sandero nacional, que pela primeira vez será diferente da versão europeia vendida pela Dacia.
Conforme adiantamos no início de outubro, a nova geração do Sandero adotará a mesma receita seguida pelo SUV Captur e se tornará uma espécie de variante simplificada do próximo Clio europeu. Na prática, manterá basicamente o mesmo design, porém terá construção mais simples e plataforma menos sofisticada. A estratégia da Renault brasileira é se distanciar da Dacia e investir em projetos esteticamente alinhados com a gama internacional da marca. O próprio chefe de design global da empresa, Laurens van den Acker, já afirmou que o objetivo agora é imprimir identidade e parar de apenas trocar logotipos com a fabricante romena, sendo a única exceção o SUV Duster.
Esta profunda mudança está prevista para acontecer entre 2021 e 2022 e poderá vir acompanhada até mesmo de uma mudança de nome. Antes disso, porém, o modelo atual ganhará retoques visuais para se manter atualizado. Receberá modificações no desenho da grade e do para-choque dianteiro, além de alterações no formato da lanternas, que passarão a invadir a tampa do porta-malas. Na mecânica, a oferta do câmbio CVT associado ao motor 1.6 será a principal novidade.
Com apresentação oficial programada para março do ano que vem, durante o Salão de Genebra, a nova geração do Clio chegará à Europa com a promessa de ser um dos mais avançados do segmento em termos tecnológicos. Entre outras novidades, o compacto contará com condução semi-autônoma e os recentes recursos de conectividade na cabine. No visual, a inspiração virá do irmão maior Mégane e do conceito Symbioz, apresentado em 2017. Nas laterais, as maçanetas das portas traseiras continuarão camufladas, a exemplo do modelo atual e do primo Nissan March de nova geração.
Na mecânica, o uso da plataforma modular CMF-B proporcionará redução de peso e ganhos em dirigibilidade. A gama de motores a gasolina será formada por um novo propulsor 1.0 turbo (que substituirá o atual 0.9 TCe) e pelo 1.3, também turbo, que foi desenvolvido em conjunto com a Mercedes-Benz e que já equipa o Classe A. A diesel, a opção será um 1.5 turboalimentado. Em algum momento de 2020, será adicionada ao portfólio uma variante híbrida do tipo plug-in com números elogiáveis de consumo e emissões.
Fotos: Automedia
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