Carros elétricos estão cada vez mais comuns. Muitas fabricantes apostam em visuais futuristas, como o BMW Série i, mas sua rival Audi optou por uma linha mais conservadora para seu primeiro modelo no segmento. O Audi e-tron é, como muitos carros elétricos revelados recentemente, um SUV, disputando com Tesla Model X, Mercedes-Benz EQC e Jaguar I-Pace. Só que ele não se afasta tanto assim da identidade de design da empresa. Será vendido nos EUA por US$ 75.795, o que dá R$ 314,2 mil em conversão direta.
Enquanto não conte com uma motorização traducional, o e-tron é reconhecido instantaneamente como um Audi. É grande, medindo 4,9 metros de comprimento, 1,93 m de largura e 1,61 m de altura, o que o deixa no mesmo patamar que outros dois SUVs enormes da Audi - o Q7 e o Q8. Puxou algumas coisas dos modelos com motor a combustão, como a fina linha de LED na traseira, enquanto a frente é dominada por uma grade única com o design clássico da empresa. Só que, como não tem um motor a combustão, não precisa de ar para ajudar na refrigeração. Enquanto a grade falsa é usada para dar uma cara familiar ao SUV, os faróis são novos, ainda mais estreitos e com uma pequena protuberância na parte de baixo. Os espelhos laterais também são novos, ou melhor dizendo, o que está dentro da peça. Saem as capas de plástico e espelhos, entram um par de câmeras de alta definição, com a imagem transmitida para os monitores internos.
Enquanto o carro possa não impressionar muito visualmente, você certamente ficará animado ao guiá-lo, graças ao par de motores elétricos, um na frente e outro atrás, com tração permanente nas quatro rodas. Combinados, geram um total de 365 cv, subindo para 414 cv com overboost, e 67,3 kgfm de torque disponível imediatamente. Tudo isso permite que o e-tron acelere de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos e tem velocidade máxima limitada a 200 km/h. Além disso, tem uma autonomia de 400 km em uma única carga, graças às baterias de íon-lítio de 95 kWh localizadas sob o assoalho, o que não limita o espaço interno e abaixa o centro de gravidade.
O Audi e-tron pode recarregar 80% de sua capacidade em cerca de 30 minutos, desde que utilize um equipamento de recarga de 150 kW como os que são feitos pela Ionity, uma joint-venture entre Audi, Porsche, Ford, BMW e Daimler. A empresa planeja abrir 200 estações de recarga pela Europa neste ano, aumentando para 400 postos até o final de 2020, com não mais de 75 milhas de distância entre elas. Naturalmente, tomadas comuns também podem ser utilizadas para abastecer o e-tron. Uma tomada de 220V irá carregar o veículo completamente em 8 horas e meia.
Carros elétricos que usam só um pedal parecem ser uma tendência. A ideia é que o veículo reduza sua velocidade sozinho ao parar de acelerar, da mesma forma que um carrinho de bate-bate. No Audi e-tron, quando a desaceleração está abaixo de 0,3 g (90% dos casos), os motores elétricos atuam como freios, aproveitando para recuperar a energia em até 30% de sua capacidade. A intensidade dos freios regenerativos pode variar de acordo com a opção escolhida pelo motorista, com três níveis de intensidade. Não significa que não tem um pedal de freio, já que os outros 10% dos casos são frenagens de emergência e aí o e-tron utiliza um sistema normal de frenagem pelo pedal.
Dentro do Audi e-tron, o ambiente é semelhante aos dos últimos lançamentos da fabricante alemã, mas com ainda mais espaço por conta da ausência de elementos mecânicos dos carros tradicionais. O porta-malas tem espaço de 660 litros, aumentando para 1.725 litros com os bancos rebatidos. Os materiais e o acabamento, obviamente, são de luxo, e tem alguns detalhes em laranja, a cor da marca e-tron.
O painel tem três monitores, um para os instrumentos e dois para a central multimídia. Nas laterais das portas, há mais duas telas, usadas para transmitir as imagens das câmeras que fazem o papel de espelhos laterais.
O e-tron é apenas o primeiro passo da Audi no mundo da eletrificação, com a promessa de mais modelos em breve. Por exemplo, haverá um e-tron GT, um sedã com ares de cupê previsto para 2020 e que terá a mesma plataforma que o Porsche Taycan. A fabricante irá lançar mais 20 modelos eletrificados, em um esforço para que eles representem 30% das vendas da Audi.
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