A Fiat trabalha nas versões turbinadas dos motores Firefly, também chamada de GSE (Global Small Engine). A marca apresentou as variantes turbo pela primeira vez no simpósio internacional de motores de Viena (Áustria). Segundo a publicação Motor Talk, a Fiat-Chrysler deve utilizar ambos em diversos modelos de várias marcas, como Alfa Romeo, Jeep e a própria Fiat.
O 1.0 turbo apresentado em Viena gera 120 cv e 19,3 kgfm de torque, enquanto o 1.3 conta com 180 cv e 27,5 kgfm. Isso com o uso de um turbo de fluxo único. A Fiat já estuda o uso de uma versão com fluxo duplo, mas não comenta sobre como está o desenvolvimento e quais serão os benefícios reais. Ambos os motores podem ser eletrificados, para modelos híbridos. Fontes ligadas à marca já haviam revelado ao Motor1.com que testavam um Cronos com o 1.3 turbo, mas que a engenharia brasileira já determinou que deve ficar com potência entre 150 e 160 cv, por conta da resistência do motor e do câmbio automático.
Claro, há mais alterações para que possam trabalhar. Enquanto o modelo aspirado tem duas válvulas por cilindro, as variantes turbo contam com cabeçote com quatro válvulas por cilindro. Também receberam injeção direta de combustível com pressão de 200 bar, controle de válvulas variável e coletor de escape integrado ao cabeçote. Isso ajudaria a reduzir a fase de aquecimento, reduzindo o consumo de combustível. Tanto o bloco quanto o cabeçote são feitos de alumínio, e o motor todo pesa 91 kg na versão 1.0 de três cilindros e 110 kg na 1.3 de quatro cilindros.
O plano era criar somente o 1.3 Firefly turbo, com o 1.0 em dúvida por muito tempo. A versão menor só ganhou força durante o desenvolvimento inicial, quando os engenheiros perceberam as vantagens termodinâmicas em relação a um motor de quatro cilindros de mesma cilindrada.
A Fiat quer usar os motores Firefly por muito tempo, com plano de mantê-lo nos carros após 2025. A Motor Talk fala de uso na linha da Alfa Romeo, possivelmente no Giulietta e no Giulia. Na Jeep, o 1.3 turbo poderia ser usado em todos os carros até o Cherokee, substituindo tanto o 1.8 quanto o 2.0 aspirado e, em alguns casos, até o 2.4 Tigershark. Na Fiat, para a Europa, a aposta seriam as novas gerações do 500 e do Panda.
No Brasil, as versões turbinadas devem chegar somente em 2020, quando a Fiat lançar a reestilização da dupla Argo e Cronos, utilizando o 1.3 turbo com 160 cv no lugar do atual 1.8 E.torQ. Também aparecerá na linha da Jeep, substituindo o 1.8 do Renegade e, possivelmente, até mesmo o 2.0 aspirado do Compass. Pode ser utilizado também no futuro modelo de entrada da Jeep, abaixo do Renegade, caso ele seja aprovado pela empresa.
Fonte: Motor Talk
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