A Fiat-Chrysler prepara uma nova estratégia de negócios até 2022 e um dos pontos chaves será a separação da Magneti Marelli. A marca divulgou os planos de transformar a produtora de peças em uma empresa separada da FCA nesta quinta-feira. O processo deve ser completo entre o final de 2018 e o começo de 2019. Uma das consequências dessa separação pode ser o fim do uso da transmissão automatizada Dualogic, hoje chamada de GSR.
“A separação renderá frutos para os acionistas da FCA, enquanto dará a flexibilidade operação necessária para o crescimento estratégico da Magneti Marelli nos próximos anos. Separar nos negócios também permitir que a FCA foque ainda mais no seu portfólio chave enquanto melhora sua posição financeira”, disse Sergio Marchionne, CEO da FCA. “A separação da FCA e Magneti Marelli é um ingrediente-chave para o plano de negócios 2018-2022 que será revelado em junho.”
Além das consequências normais em uma transação deste tipo, pode causar impactos na produção da Fiat. Fontes ligadas à marca revelaram que a Fiat continua a equipar seus carros com o polêmico câmbio automatizado GSR (antes conhecido como Dualogic) por ser a Marelli uma empresa do grupo. Com a separação, essa obrigatoriedade não existiria mais, permitindo que a FCA procure tecnologias de outras fabricantes, incluindo uma alternativa para a transmissão.
A Magneti Marelli fornece outras peças além das caixas de transmissão, como pedaleiras, componentes plásticos, sistemas de suspensão, módulos eletrônicos, faróis e lanternas, sistemas de exaustão e mais. Algumas dessas peças devem continuar a serem usadas pelos carros da Fiat e Jeep, pela facilidade em obtê-las, já que algumas das fábricas da empresa ficam próximas das linhas de montagem da FCA, como em Goiana (PE).
Fotos: divulgação
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