Volta e meia discutimos aqui na redação sobre quais carros gostaríamos de ver à venda no Brasil. E invariavelmente a conversa chega ao Toyota GT 86, que ficou conhecido mundialmente como "Toyobaru". Desenvolvido em parceria com a Subaru (onde deu origem ao BRZ), o cupê se destaca pela proposta de diversão barata: motor boxer 2.0 aspirado de 200 cv, tração traseira, centro de gravidade baixo e foco no motorista.
Era fevereiro de 2014 quando a Toyota nos emprestou um dos dois únicos exemplares disponíveis no país (um com câmbio manual e outro com transmissão automática). Na época, a marca estudava a importação do esportivo para o ano seguinte, com preço ao redor dos R$ 140 mil.
Sem data de estreia nem valores definidos, resolvemos fazer um comparativo diferente com o GT 86. Pedimos um Chevrolet Camaro V8 e confrontamos duas escolas diferentes de esportivos: a japonesa, com seus cupês compactos de motores giradores, que serpenteiam nas estradas de montanha e nas pistas de drift; e a norte-americana, com seus muscle-cars de carrocerias grandes e motores idem, feitos para cruzar as highways dos EUA com conforto e muito torque.
O resultado, como esperado, foi uma diversão só. O GT 86 brilhou na estradinha de curvas com seu equilíbrio dinâmico e traseira arisca, que convida a dançar com ele, enquanto o Camaro falou alto na autoestrada, deixando seus 406 cavalos livres para acelerar. Como não era um comparativo tradicional, não ouve vencedor. Mas quem perdeu foi o consumidor brasileiro, porque, ao contrário do Camaro (que já está em nova geração por aqui), o GT 86 não passou de uma promessa nunca comprida pela Toyota local.
Confira aqui como foi a experiência de acelerá-lo no Brasil, incluindo nossos testes instrumentados.
Fotos: Rafael Munhoz
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