Com o Virtus, a ser lançado agora em janeiro, a Volkswagen planeja voltar a ser importante no segmento de sedãs compactos. Mas essa não é a primeira vez que a marca alemã usa uma variante do Polo para fazer isso. Na verdade, será a terceira vez que a estratégia se repete, com tudo começando antes mesmo da chegada do primeiro Polo hatch ao Brasil.
Em dezembro de 1996, a Volkswagen apresentava por aqui o Polo Classic. Produzido na Argentina, tinha como missão substituir Logus e Pointer, produtos feitos pela Autolatina (joint-venture entre VW e Ford), que acabaria em 1o de janeiro de 1997. A VW não fala abertamente, mas o Classic também foi o responsável pela morte (temporária) do Voyage, que voltou ao mercado apenas em 2008, usando o Gol G5 como base, curiosamente usando a plataforma do...Polo, mas da geração seguinte (PQ24).
O Polo Classic era derivado da terceira geração do Polo (que não chegou ao Brasil), chegando ao Brasil apenas com motor AP 1.8 multiponto, a gasolina, com 97 cv e 15,5 kgfm de torque. A versão de entrada oferecia direção hidráulica de série, com ar-condicionado e conjunto elétrico como opcional. Somente em 1998 que ele teria uma série, a Special, com rodas de liga de 14", toca-fitas e faróis de neblina, além dos itens opcionais da versão de entrada como itens de série.
Em 1999, o Polo Classic recebia ABS e airbag como opcionais, além de teto-solar com acionamento manual. Mesmo assim, em 2000, suas vendas estavam em baixa. Em 2001, a VW apresentou o facelift do Polo Classic, com interior mais moderno, faróis com lentes em policarbonato e traseira menos esportiva. Mas não durou muito, já que em 2002 ele saiu de linha para dar lugar ao Polo Sedan.
No final de 2002, já como modelo 2003, a Volkswagen apresentava a quarta geração do Polo, agora produzida em São Bernardo do Campo (SP). Com o fim do Polo Classic, o Santana passava a ser o mais barato sedã da marca na época (e em vias de morrer). O Polo Sedan era fruto de um projeto de última geração e usava a plataforma PQ24, que mais tarde seria aproveitada pelo Fox e pelo Gol.
O Polo chamava a atenção por sua construção moderna, já que tinha sido lançado na Europa pouco tempo antes. O Sedan mantinha o mesmo interior e dianteira, marcada pelos faróis duplos redondos. Bem equipado, não era exatamente barato, mas oferecia itens como computador de bordo, ar-condicionado automático, ABS e airbags como opcionais - itens de luxo na época. Era vendido com motor 1.6 e 2.0, ambos a gasolina, com 101 e 116 cv, respectivamente.
Em 2004, o motor 1.6 virava flex. Em 2007, a primeira reestilização dava ao Polo Sedan faróis duplos sob a mesma lente e leves mudanças no interior e na traseira, incluindo lanternas com elementos circulares. Em 2009, era a vez do 2.0 ganhar injeção flex. Na mesma ocasião, era lançado o câmbio automatizado I-Motion, monoembreagem, que não foi muito bem aceito pelo mercado.
Em 2012, uma nova reestilização dava ao Polo a mesma dianteira utilizada na África do Sul, com para-choque sem o "V" e desenho mais limpo. Em março de 2014, ele deixava de ser produzido, assim como o hatch. Vai retornar em 2018 com o nome Virtus, feito sobre a plataforma MQB A0, da sexta geração do Polo. Mesmo com nome próprio, ele será sempre o Polo Sedan.
Fotos: divulgação
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