A Honda, em colaboração com a Toyota e a Nissan, está trabalhando em uma nova tecnologia de célula de combustível tanto para carros quanto para motos. Os parceiros, ao lado de empresas de energia e de capital, adotaram o chamado “Roteiro Estratégico para Hidrogênio e Células de Combustível” do governo japonês.
Um dos produtos planejados pela Honda é uma motocicleta com célula de combustível. Ainda não apresentaram tal modelo, porém ele apareceu em uma aplicação de patente. Ela mostra uma configuração normal para uma esportiva – quadro perimétrico, garfo telescópico e etc – com uma célula de combustível a hidrogênio armazenada embaixo do assento. O sistema de combustível combina hidrogênio com oxigênio do ar, em um catalisador, para gerar eletricidade para o motor. A única emissão é de vapor d’água.
Não é o único produto da Honda com este tipo de combustível. A fabricante vem trabalhando com modelos abastecidos com hidrogênio há mais de 10 anos e o sedã Clarity FCX, lançado em 2008, foi o primeiro a ser produzido e vendido em lojas. Foi fabricado em baixa quantidade, limitado pela falta de estações de recarga e saiu de linha em 2014. A segunda geração foi anunciada no começo deste ano, como parte de uma linha que inclui versões elétrica e híbrida.
De acordo com a publicação alemã Motorrad, o plano foi criado pelo Conselho de Estratégia para Hidrogênio e Células de Combustível, um órgão da indústria organizado pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão. O governo japonês espera colocar 40 mil carros com célula de combustível a hidrogênio nas ruas e aumentar o número de estações de recarga para 160 até 2020. A iniciativa, fundada pela Honda e que ainda não foi batizada, será responsável por 80 novos postos dentro dos próximos quatro anos.
Uma das vantagens do uso de células de combustível a hidrogênio é a velocidade de recarga em comparação com os carros elétricos. Basta encher o tanque, como se fosse um modelo a combustão. As desvantagens, que fazem com que essa tecnologia ainda seja usada em baixa escala, é a falta de infraestrutura, o custo para produzir hidrogênio a partir da eletrólise da água e, a mais séria, o alto risco de combustão do hidrogênio, o que leva a preocupações envolvendo seu transporte e armazenamento.
Fotos: Divulgação
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