Uma reclamação comum feita pelas fabricantes na hora de exportar veículos para outros mercados é a quantidade de alterações necessárias para que eles estejam dentro da lei local. Um acordo entre Argentina e Brasil irá acabar com este problema, padronizando a legislação dos dois países de forma que as marcas sigam apenas uma linha de regras em veículos para os dois mercados. E pode ser uma boa notícia para nós, pois poderia reduzir os preços em até 5%.
A iniciativa foi revelada pelo Estadão, que teve acesso ao documento produzido pela Comissão de Produção de Comércio Brasil-Argentina, apresentado no início desta semana durante reunião da Organização Mundial do Comércio (OMG). O ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Marcos Pereira, apresentou a proposta aos presidentes Michel Temer e Maurício Macri, explicando que um grupo de ambos os países vem discutindo melhorias no marco regulatório de vários setores.
A conversa envolve diversos tipos de produtos, como alimentos e bebidas, equipamentos médicos, brinquedos, medicamentos e outros. O grande chamariz seria a parte para o setor automotivo, pois atenderia um pedido antigo das fabricantes. As marcas argumentam que são mais de 200 diferenças entre um carro vendido na Argentina e no Brasil, o que atrapalha o planejamento de mercado e dificulta o processo de fabricação.
Isso pode ser uma boa notícia para os brasileiros. Segundo o documento, uma das montadoras consultadas pelos técnicos disse que o preço dos carros para os consumidores pode cair até 5%. Este valor foi o que chamou a atenção do governo. “Quero crer que as montadoras repassarão esse ganho ao consumidor”, disse Pereira.
Fonte: Estadão
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Eletroescola? Projeto de lei prevê aulas de direção com carros elétricos
Projeto de Lei propõe regularização do mototáxi
Governo federal pode ser obrigado a abastecer carros oficiais com etanol
Marca britânica Jaguar deixa de vender carros no Reino Unido
China quer instalar uma fábrica de automóveis na Argentina
Brasil quer equipar 33% dos eletrificados com baterias nacionais até 2033
EUA: plano do governo para barrar chinesas poderá afetar Ford e GM