Aguardado desde a compra no início deste ano, o plano de reestruturação traçado pela PSA para a Opel foi apresentado nesta semana. Batizado de PACE!, o programa promete dar uma boa sacudida no portfólio e nas práticas operacionais herdadas dos americanos para, finalmente, fazer a empresa voltar a dar lucro. De imediato, os franceses adiantam que abandonarão todas as plataformas emprestadas da General Motors. A ideia é renovar o line-up atual por completo até 2024 e adotar unicamente arquiteturas do próprio grupo. O médio Astra, por exemplo, deixará de lado a base D2XX que divide com o Chevrolet Cruze, enquanto o crossover Mokka não mais compartilhará componentes com o Tracker.
Programada para 2019, a nova geração do compacto Corsa já nascerá sob esta diretriz. Terá muita influência francesa em seu DNA e dividirá com a próxima encarnação do Peugeot 208 toda a parte mecânica. Na sequência, o multiuso Combo (hoje derivado do Fiat Doblò) passará a falar apenas francês, assim como as próximas linhagens de outros modelos, como Insignia, Karl, Adam e Cascada. O objetivo é chegar ao ano de 2024 com a Opel inteiramente integrada ao grupo PSA, atingindo um patamar máximo de sinergia, compartilhamento e, consequentemente, rentabilidade.
CEO da marca, Michael Lohscheller explica: "alinhar famílias de plataformas e powertrains irá reduzir substancialmente a complexidade de desenvolvimento e produção, permitindo efeitos de escala e sinergias maiores. O reflexo será visto na rentabilidade". Para tanto, o número de plataformas usadas cairá das atuas 9 para apenas 2 e o de famílias de motores de 10 para 4. Além disso, o plano prevê o lançamento de 9 novos modelos até 2020, incluindo um inédito SUV de grande porte com visual inspirado no conceito Monza. Outra novidade interessante diz respeito à expansão da marca - segundo o chefão, nada menos que 20 novos mercados serão alcançados até 2022.
No campo da eletrificação, os planos são igualmente ambiciosos. A meta é eletrificar toda a linha até 2024, oferecendo pelo menos uma versão híbrida ou puramente elétrica para cada modelo. O crossover Grandland X e o próximo Corsa serão os primeiros 100% ligados na tomada. Um detalhe interessante é que, apesar do DNA francês, todos os novos modelos da marca continuarão sendo desenvolvidos centro de engenharia de Russelsheim, na Alemanha. Mais do que isso, essa base será transformada no centro global de competências de todo o grupo PSA, abrigando tanto engenheiros alemães quanto franceses.
"Daremos todo o nosso potencial. Este plano é fundamental para a empresa, para proteger os nossos funcionários e tornar a Opel sustentável, rentável e eletrificada", completou Lohscheller.
Fotos: Divulgação
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Alemanha em junho: Astra é o único 'não-VW' no Top 10
Projeto de Lei propõe regularização do mototáxi
Jogos Olímpicos: estes são os carros que já foram protagonistas
Marca britânica Jaguar deixa de vender carros no Reino Unido
Opel Grandland 2025 estreia elétrico e a gasolina com plataforma de Peugeot
Brasil quer equipar 33% dos eletrificados com baterias nacionais até 2033
Opel Frontera 2025 é Citroën C3 Aicross transformado para agradar a Europa