Assunto discutido pela imprensa há pelo menos cinco anos, o lançamento da inédita marca de baixo custo da Volkswagen volta à tona nesta semana em meio à declarações dadas por Frank Welsch, chefe da área de desenvolvimento do grupo. Em entrevista concedida ao site australiano Motoring, o executivo confirmou que a tão falada divisão low-cost está mais viva do que nunca e que a estreia definitiva não deve demorar mais do que dois anos para acontecer. Isso porque os planos incluem a chegada à China já em 2019, com a oferta inicial de um sedã de porte compacto e baixo orçamento.
A ideia de Welsch é firmar a nova marca primeiro no mercado chinês para, então, criar uma estrutura capaz de alcançar outros países. A operação local (incluindo produção) acontecerá em conjunto com a FAW - parceria bem estabelecida dos alemães por lá. Apesar disso, o executivo não esconde que nutre grande admiração por outra fabricante chinesa: a marca de SUVs Haval. "Todo mundo sabe que os chineses compram sedãs, mas não é só isso. Eles sonham com SUVs. Olhe para o Haval H6", afirmou, em referência ao sucesso do modelo.
"Queremos ser tão bem sucedidos quanto a Haval nesse mercado", completou Welsch, praticamente confirmando que, além do sedã, a linha será composta por dois crossovers - um de pequeno porte e outro maior, com três fileiras de assentos. Além da China, outros dois países são vistos como de grande potencial para receber a nova marca: Índia e México. Não será fácil fechar as contas e conseguir lucrar dentro de um orçamento limitado, mas o executivo diz que é providencial ter presença neste segmento.
"Seria muito mais fácil focar em produtos premium e padronizá-los, deixando o mercado de baixo custo para outros fabricantes. Mas, em certas partes do mundo, precisamos de carros baratos. Na China, 40% das vendas são de modelos do tipo. Se quisermos ser o número 1 na China, também devemos abordar este tipo de mercado. Não é algo fácil, mas temos que lutar para obter reconhecimento e lucro vendendo também carros de custo baixo", concluiu.
Fato interessante é que a base para estes novos modelos será derivada de arquiteturas passadas, especialmente a plataforma do Golf da sexta geração (foto acima), descontinuado em 2013. Os componentes já foram testados, funcionam corretamente e custam bem menos do que desenvolver algo do zero.
Fonte: Motoring
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