Há uma discussão crescente nos últimos anos sobre a relevância dos grandes salões automotivos, e o Salão de Frankfurt (Alemanha), o maior do planeta, irá alimentar esse questionamento no próximo mês. A ausência de diversas marcas importantes para o mercado europeu mostra que há uma mudança no pensamento das fabricantes – somadas, as "fujonas" representam 20% de todas as vendas na Europa.
Segundo o site Automotive News Europe, várias marcas importantes desistiram de ter um estande no Salão de Frankfurt, em setembro: Alfa Romeo, DS, Fiat, Infiniti, Jeep, Mitsubishi, Nissan, Peugeot e Volvo. Algumas teriam lançamentos a serem exibidos, como no caso da Volvo, que prepara o XC40 (projeção acima), seu crossover de entrada. Outro que era esperado para a mostra alemã era o renovado Nissan Leaf.
Muitas marcas adotam a estratégia de trabalhar com o Salão de Genebra (Suíça), no início do ano, deixando Frankfurt e Pais de lado (os salões do segundo semestre, que se alternam a cada ano). Alguns executivos, como Roelant de Waard, chefe de vendas e marketing da Ford da Europa, dizem que Genebra é mais democrático. A organização do evento restringe o quanto cada empresa pode gastar com seu estande, evitando que alguma marca domine visualmente. Além disso, não há preferência por marcas locais.
Outra justificativa para a ausência das marcas é o investimento em eventos próprios na Europa. “Isso corta o barulho de um Salão do Automóvel”, diz uma fonte da Audi ao Automotive News. É uma reclamação frequente das fabricantes que a quantidade de lançamentos simultâneos nos salões diminui o destaque que cada modelo ganha. “Você tem tantas fabricantes, com tantas mensagens, que isso representa uma violação da regra número 1 da Comunicação: seja focado”, explica Waard.
Fonte: Automotive News Europe
Foto: Arquivo Motor1.com
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