Geely pode usar motores 1.5 e 2.0 turbo da Volvo
Motor 1.5, previsto para ser apresentado a partir de 2018, será usado em carros médios e compactos
A Volvo irá ceder alguns de seus motores para a Geely, segundo fontes do site Automotive News Europe. A marca sueca foi comprada pelo grupo chinês Zhejiang Geely Holding Group e, desde então, já se falava sobre compartilhamento de tecnologia – ou, no caso delas, de os chineses usarem tecnologia da Volvo. Fora a plataforma CMA, criada em conjunto pelas empresas, a partilha também incluirá o 1.5 turbo de 3 cilindros que os suecos estão desenvolvendo para carros pequenos. Ele deve ser lançado até o fim de 2018.
Além do novo 1.5, a Geely também deve receber o 2.0 turbo. Todos eles foram pensados para uso com a nova plataforma CMA, que também servirá à Lynk & Co. Os chineses esperam assim ganhar um argumento forte para popularizar a Geely em outros países. A marca chinesa já vem melhorando seus resultados desde 2010, quando comprou a Volvo. O sedã GC9 e o crossover Boyue aumentaram as vendas da marca em 50% no último ano. Vai sobrar para a Proton também. A Geely comprou 49,9% da marca da Malásia.
O CEO da Volvo, Hakan Samuelsson, disse à agência de notícias Reuters que o uso de tecnologia sueca nos carros da Geely não deve afetar o posicionamento ou a imagem das marcas. Para o executivo, a Volvo sempre estará apoiada em oferecer mais luxo e ter mais equipamentos de segurança, também mais avançados, enquanto a Geely oferecerá veículos mais acessíveis. Com o acordo, a fabricante sueca ganha escala, o que lhe permite ter mais recursos para desenvolver veículos e eficiência na hora de comprar componentes.
Quem deve ter gostado dessa história é José Luiz Gandini, importador oficial da Geely para o Brasil, que pode retomar a importação dos modelos da marca chinesa em 2018. Com a melhoria em segurança e em tecnologia que os modelos da empresa devem sofrer, ele talvez tenha nas mãos o mesmo que o grupo CAOA conseguiu com a Hyundai quando ninguém acreditava naquela curiosa marca coreana dos anos 1990...
Colaborou Gustavo Henrique Ruffo
Fonte: Automotive News Europe
Foto: divulgação
RECOMENDADO PARA VOCÊ
O futuro da Honda ainda será híbrido, pelo menos até 2030
Motorhome elétrico: já fizeram uma Kombi home a bateria
"Criança problema", Maserati diz ter plano para sair da crise
Reino Unido: Mini Cooper foi o mais vendido em novembro
Anfavea projeta produção de 2,8 milhões em 2025, mas teme importações
Ferrari 250 GTO (1962-1964), a mais perfeita tradução da casa de Maranello
Novo motor 2.2 turbodiesel da Rampage é o mesmo da Fiat Titano?