O crossover do VW Golf, por um bom tempo, foi o Tiguan. Mas o modelo passou a ser feito sobre a arquitetura MQB, cresceu e o espaço que ocupava será cedido a um novo produto da Volkswagen, o T-ROC. Com estreia já marcada para o dia 23 de agosto, o modelo já deu as caras quase sem disfarces aqui em nossas páginas, mas voltou recentemente a aparecer. Desta vez, como desenhos oficiais da marca.
Com cerca de 4,30 m, o T-ROC lembrará o Golf não apenas pelas dimensões (o hatch tem 4,26 m de comprimento), mas também por outros elementos, como a larga coluna C que se pode ver tanto em nosso flagrante quanto no desenho oficial do crossover.
O desenho ainda traz aquele exagero típico das "interpretações artísticas", que a versão de produção sempre coloca uns 10 tons abaixo, mas é notável que o T-ROC terá um perfil bem esportivo, assim como o Golf. Afinal de contas, o plano é não deixar que a turma que gostava do hatchback migre para o Nissan Qashqai, o bicho-papão dos hatchbacks médios na Europa, ou para qualquer um de seus concorrentes. O raciocínio é que, se o cara quiser trocar o Golf por um SUV, que seja um com o mesmo emblema.
O que os desenhos oficiais nos permitem fazer é tirar o resto da camuflagem que o exemplar flagrado em abril ainda trazia. Por exemplo, nos nichos dianteiros laterais, que pareciam espaços para faróis de neblina. Nada a ver com isso no modelo de produção. Estes nichos, no máximo, terão luzes de posição, mas nem sobre elas temos certeza. Pode ser meras entradas de ar, como mostra a ilustração acima.
Como o Golf tem um entre-eixos de 2,63 m, é possível que o T-ROC tenha medida semelhante, o que deve lhe garantir bom espaço interno, ainda mais com o ponto H elevado dos bancos. Com fabricação já confirmada em Palmela, Portugal, o T-ROC será equipado com motores familiares para os brasileiros, como o 1.0 TSI que já está no up! e no Golf e o 2.0 TSI, para sua versão mais nervosa.
A novidade, pelo menos para a versão europeia, fica por conta do motor 1.5 TSI de 150 cv, que entrou no lugar do 1.4 lá na Europa (e que deve continuar na ativa aqui no Brasil). Ele traz ciclo Miller/Atkinson e desligamento de cilindros, o que o torna muito mais econômico. As transmissões poderão ser manuais ou DSG, de 6 ou 7 marchas, mas a versão para nosso mercado provavelmente adotará uma automática convencional. A exemplo do Golf, diga-se de passagem...
Fotos: Carpix e divulgação
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