Considerado por muitos como um dos mercados mais fechados do mundo (Hyundai, Kia, Samsung e SsangYong praticamente ditam as regras sozinhas por lá), a Coreia do Sul não tem sido tão receptiva aos carros norte-americanos quanto gostaria o presidente Donald Trump. O mandatário tem tentado costurar um acordo comercial para ampliar as exportações com destino ao país, mas enfrenta uma desagradável barreira: os sul-coreanos não consideram os carros vindos dos EUA "bons o suficiente" para comprá-los.
Em 2016, por exemplo, Ford, General Motors e FCA, juntas, responderam por apenas 1% das vendas totais do mercado local. É, acredite, um feito e tanto na comparação com anos anteriores, mas ainda assim uma cifra irrisória diante do domínio das concorrentes nativas. O curioso é que modelos produzidos na Coreia do Sul chegam aos EUA em enorme quantidade, sendo bastante aceitos por lá. Com o acordo comercial, a ideia de Trump é justamente reverter esse desequilíbrio.
Tal tarefa, porém, será árdua. "O enfrentamento de barreiras tarifárias não deve aumentar fundamentalmente a competitividade dos carros vindos dos EUA", disse anonimamente à Reuters um alto funcionário do governo coreano. "O que realmente queremos dizer aos Estados Unidos é: façam bons carros, façam carros de que os consumidores coreanos gostem", completou. Os veículos são vistos como inferiores em termos de design, sofisticação e consumo de combustível, principalmente quando comparados a equivalentes alemães.
A Chevrolet comercializa por lá uma gama vasta que vai desde o pequeno Spark (feito localmente) até o grandalhão Impala (importado dos EUA), passando por Cruze, Tracker, Captiva, Malibu, Camaro e até os elétricos Volt e Bolt. Na Ford, o portfólio é composto por Fusion, Explorer, Taurus, Kuga e Mustang. Por fim, na FCA o destaque vai para a Jeep, com a oferta de Renegade, Cherokee, Grand Cherokee e Wrangler. A Chrysler também tem atuação presente, mas apenas com o 300C e a minivan Grand Voyager.
Fonte: Reuters
Fotos: divulgação
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