A Kia comemorou em 2017 seus 25 anos no Brasil. Representada pelo grupo Gandini, a empresa prevê um 2018 promissor. Não porque o país dê alguma mostra de evolução, mas sim porque ficará um pouco menos pior para os importadores com o fim do Inovar-Auto. E das restrições tarifárias que o programa impôs, consideradas ilegais até pela OMC. Para celebrar, a marca prometeu trazer novos modelos, entre eles o mais relevante de todos: o novo crossover compacto Stonic.
A bem da verdade, Gandini não mencionou especificamente o crossover compacto que será vendido no Brasil, mas nem seria preciso. O Stonic, assim como o Hyundai Kona, tem pretensões mundiais. O outro modelo da marca no segmento, o KX3, é exclusivo para a China. "Nossas projeções para 2018 já indicam 20 mil veículos, um alento depois de cinco anos de quedas sucessivas. Esse número será justificado por importantes lançamentos em 2018, como o do novo Picanto, do Rio, de um novo SUV de pequeno porte e do Optima GDI”, disse Gandini à revista Automotive Business.
Gandini também comentou sobre o fim do Inovar-Auto. “Ainda limitados pela cota anual de 4,8 mil unidades/ano sem os 30 pontos percentuais (de IPI), infelizmente vamos fechar 2017 com cerca de 10 mil unidades. Com a paridade tributária, não tenho dúvida de que a Kia voltará a ter força, o suficiente para recuperar a rede concessionárias (...) Os mercados fechados só prejudicam os consumidores”, disse ele.
Gandini não mencionou outra vantagem competitiva expressiva: a fábrica da Kia no México. O Cerato já vem de lá, assim como deve vir o Rio e, possivelmente, também o Stonic. O acordo automotivo entre estes países pode evoluir para livre comércio em 2019, o que, de certo modo, supriria a vontade que o grupo Gandini sempre teve de construir uma fábrica em território brasileiro. A Kia sempre barrou estes planos por conta da imprevisibilidade de nosso mercado. Não dá para dizer que a coreana esteja errada...
Fonte: Automotive Business
Fotos: divulgação e arquivo Motor1.com
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