Poucos dias depois de a Argentina zerar o imposto de importação para modelos elétricos, a Chery confirmou que venderá por lá seus modelos movidos a eletricidade. O problema é que ela só tem um: o eQ, a versão elétrica do QQ. Que, inclusive, fez a Chery processar a Mercedes-Benz na China por usar o mesmo nome em seus modelos totalmente elétricos.
Assim como o QQ, o eQ tem 3,56 m de comprimento, 1,62 m de largura, 1,53 m de altura e um entre-eixos de apenas 2,34 m. É daqui em diante que as coisas mudam bastante. Com sua bateria de íons de lítio de 22,3 kWh, o eQ atinge a velocidade máxima de 100 km/h, tem uma autonomia de 200 km (nada má) e carrega completamente em 10 horas em uma tomada de 220V. Ele pesa 1.128 kg, ou 188 kg a menos do que o QQ vendido no Brasil (940 kg).
A parte divertida é saber que o carrinho tem 15,3 kgfm de torque desde 0 e 57 cv. O motor 1.0 flex de 3 cilindros rende 75 cv e leva o QQ brasileiro, com etanol, a 165 km/h, o que mostra que a velocidade máxima é limitada para conservar a autonomia do elétrico.
Como o QQ é fabricado por aqui, seria muito interessante se o eQ também fosse. Com isso, sua exportação para a Argentina ficaria ainda mais acessível. Além disso, os brasileiros ganhariam uma opção acessível de modelo elétrico, hoje limitada apenas ao BMW i3. Se o Rota 2030 conseguir incentivos para a produção de elétricos em território nacional, a marca chinesa poderá ter mais um impulso neste sentido. Para quem quer um elétrico e não tem opção, fica a torcida.
Fotos: divulgação
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