Quando a empresa anunciou, em 2014, que traria de volta um ícone da indústria dos fora-de-série brasileiros, muita gente duvidou. Ou, no mínimo, esperou para ver no que ia dar. Deu no retorno da Puma Automóveis ao mercado, com design de Du Oliveira, chassi tubular, tração traseira e um carro de pista. Mas, como o mote da empresa já adiantava, "nas pistas nascemos, pelas pistas voltaremos!". E a volta pode ser vista nestas imagens. Elas são as primeiras do novo Puma GT Lumi, que deve chegar às ruas no final de 2017 ou, no mais tardar, no começo de 2018.
Lumi é uma homenagem ao primeiro nome da Puma, Lumimari, junção da primeira sílaba dos nomes de seus sócios: Luis Roberto Alves da Costa, Milton Masteguin, Mario Cesar Camargo Filho e Rino Malzoni. O novo carro, ainda sem dados técnicos divulgados, contará com o baixo peso para apresentar desempenho de primeira grandeza. O motor será da Chevrolet. Se você apostou em algo como o 1.4 turbo usado no Cruze ou no 2.5 com injeção direta da S10, com seus 206 cv, enganou-se. Ele será um 2.0, preparado para chegar a 180 cv. O câmbio deve ser manual, possivelmente de 5 marchas. O conjunto será instalado em posição central-traseira, como se pode ver neste vídeo do modelo de competição.
Falando nele, o primeiro novo Puma a voltar à vida tem 4,24 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,28 m de altura e um entre-eixos de 2,47 m. O tanque de combustível, a exemplo do Puma clássico, fica na dianteira. Como já dissemos, a estrutura traz chassi tubular e carroceria de fibra de vidro, algo que leva o peso do bólido a meros 570 kg.
A suspensão do carro de corrida é de braços triangulares sobrepostos nas quatro rodas, com freios a disco ventilados e perfurados em todas elas. O modelo de rua deve seguir essas especificações a não ser pelo peso, que será necessariamente maior por conta da capota rígida, de vidros, faróis, sistema elétrico completo, revestimentos de isolamento acústico e térmico e de equipamentos como ar-condicionado e sistema de som, necessários em um veículo para rodar nas ruas.
Para escapar das exigências de homologação, as primeiras unidades serão produzidas artesanalmente e em baixíssimas quantidades. Se elas fizerem sucesso, é possível que a empresa considere ampliar a produção. Diante das imagens, dos dados que conseguimos e das pistas vindas do modelo de competição, só nos resta torcer pelo sucesso da empreitada. Se levarmos em conta o desenho, ele certamente virá, mas há muitas outras variáveis a resolver. Por ora, a nova Puma Automóveis vem mostrando que pode ir mais longe do que muita gente apostava.
Imagens: divulgação
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