Até pouco tempo, o preço era o principal fator de compra de um carro no Brasil, principalmente entre os compactos. Mas as demandas vêm mudando e hoje em dia, acredite, a economia de combustível passou a ser mais importante do que o próprio valor do automóvel para os consumidores. Para a Fiat, esse é um dos fatores que explicam o sucesso da nova motorização Firefly 1.0 3 cilindros no Mobi. De acordo com um executivo da marca, o motor já equipa metade dos Mobi vendidos atualmente.
Oferecido somente nas versões Drive e Drive GSR do compacto, o motor 1.0 Firefly se destaca pelo bom torque: são 10,9 kgfm a 3.250 rpm, graças ao cabeçote de 6 válvulas (2 por cilindro) que privilegia a força em baixas rotações. A potência de 77 cv, no entanto, é apenas 2 cv maior que a do antigo 1.0 Fire de 4 cilindros, e fica 5 cv atrás do rival mais próximo, o VW up!, que tem 82 cv em seu 1.0 3 cilindros de 12 válvulas.
Em nossos testes, a revigorada do Mobi Drive em relação às versões Easy, Like e Way (que mantêm o 1.0 Fire) ficou clara. Ele baixou a aceleração de 0 a 100 km/h em 2,7 segundos, fechando a prova com 14,5 s. Na retomada de 80 a 120 km/h, que define o fôlego do carro numa ultrapassagem, a diferença foi ainda maior: 14,1 s contra longos 20,9 s das demais versões. Mas o mais importante foi a melhora no consumo: com médias de 10,1 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada, abastecido com etanol, o Mobi Drive foi o carro mais econômico já testado por nós com o combustível vegetal.
Outro impulso nas vendas do Mobi 3 cilindros vem sendo dado pela versão Drive GSR, com câmbio automatizado - uma evolução do antigo Dualogic. Neste caso, além da economia de combustível, o Mobi se torna o carro mais barato do mercado a dispensar o pedal da embreagem e fazer as mudanças de marcha automaticamente (incluindo borboletas no volante para mudanças manuais).
Para um carro que começou com participação "morna" no mercado, o Mobi vai ganhando espaço. Neste mês de maio, ele está prestes a fechar a primeira quinzena com cerca de 2 mil unidades emplacadas, na oitava posição do ranking. Se todas as versões já tivessem o motor Firefly, ele poderia almejar voos mais altos. Mas a Fiat diz que o Firefly ainda é caro de produzir e que o velho Fire ainda tem um bom tempo de estrada...
Fotos: Rafael Munhoz
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