O vai-e-vem de Sergio Marchionne sobre a possibilidade de fusão da FCA com outra grande montadora tem se tornado uma das maiores inconstâncias do mercado automotivo neste ano. Depois de flertar com a Volkswagen e, em menos de uma semana, passar a abertamente desdenhar os alemães, o executivo (mais uma vez) mudou de ideia. Em conversas com a Automotive News, o executivo disse agora que "aguarda com expectativa" o encontro com Matthias Müller, chefão da VW.
Não é de hoje que Marchionne planeja fazer negócio com outra fabricante de grande porte. As conversas foram iniciadas com a General Motors, mas a CEO Mary Barra logo tratou de anunciar que não tinha interesse. Há algumas semanas a Volkswagen passou a ser o alvo e, desde então, as especulações e as trocas de declarações entre os executivos só aumentam. O esperado encontro deve acontecer em breve e até lá novos detalhes devem vir à tona - isso, claro, se Marchionne não mudar de opinião novamente.
Paralelamente aos rumores sobre a Volkswagen, a revista Quatro Rodas também relata uma provável aproximação da FCA com o grupo chinês GAC (Guangzhou Automotive Group China). As empresas já são parceiras na produção de modelos da Jeep na China e, extra-oficialmente, se comenta que os asiáticos teriam demonstrado interesse em ampliar a aliança a nível global.
Uma injeção de capital não seria nada mal para o grupo ítalo-americano neste momento. A empresa opera com margem operacional de apenas 2,5% (contra 7% da média europeia em 2016) e possui uma pegada de carbono bastante elevada, correndo o risco de não atingir metas anti-poluição até 2021. Para completar, tem uma dívida industrial de US$ 4,87 bilhões, considerada alta e complicada de liquidar.
Fotos: divulgação
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