Quando chegou ao Japão para comandar a Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn foi recebido com desconfiança. Depois que salvou a empresa da bancarrota, ele é visto por lá como um Deus dos negócios. Mas chegou a hora de se despedir do comando da empresa. Não porque ele queira se aposentar ou nada do tipo, mas porque surgiu um desafio maior: fazer o mesmo que ele fez pela Nissan na Mitsubishi.
Ghosn passou o cargo de CEO para Hiroto Saikawa, algo que se efetivará em 1º de abril (sem nenhuma pegadinha: de verdade verdadeira). Saikawa é atualmente co-CEO, um diretor da empresa com poderes de representação e presidente da JAMA (Japan Automobile Manufacturers Association), a Anfavea japonesa. Ele está na Nissan desde 1977 e já foi Chief Competitive Officer (CCO), presidente dos comitês de gerência das Américas e Europa e vice-presidente executivo de compras.
Se você acha que Ghosn largou o osso, pode esquecer. Ele continuará como presidente do conselho da Nissan e como CEO do grupo Renault, cargo que ele pretende renovar em junho de 2017. "Como presidente do conselho da Nissan, vou continuar a supervisionar e guiar a empresa, tanto de modo independente quanto dentro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Essa mudança também me permitirá devotar mais tempo e energia no gerenciamento da evolução e da expansão estratégicas e operacionais da Aliança, bem como em garantir que todos os seus membros se beneficiem das vantagens competitivas que sua escala vai entregar. Estou comprometido em dar apoio à Aliança enquanto ela evolui e se expande, e vou continuar a servir a cada um de seus membros onde e quando for necessário", disse o executivo. E vê se trabalha direitinho, Saikawa...
Fotos: divulgação
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