Na Europa, a Ford lançou em 2002 um modelo chamado Fusion. Ele não tem nada a ver com o sedã grande que temos aqui hoje. Era uma minivan, que deveria ser vendida também por aqui como parte do projeto Amazon. O executivo Cassio Pagliarini e sua equipe olharam para o projeto, para nosso mercado e viram que o Fusion se daria bem melhor aqui como um crossover. Foi assim que nasceu o EcoSport. A Citroën brasileira, de olho no fenômeno, também só lançou aqui a C3 Picasso com uma versão aventureira, o AirCross. Pois os ventos que sopram por aqui também sopram na Europa. Tanto que a C3 Picasso já era. Em seu lugar será vendida a versão de produção do C-AirCross Concept, modelo que será mostrado no Salão de Genebra como uma grande novidade e que pode ser a segunda geração do AirCross no Brasil. Mas só pode...
O novo crossover tem 4,15 m de comprimento, 1,74 m de largura e 1,63 m de altura. Mais curto do que o AirCross atual, que tem 4,28 m de comprimento, mas relativamente próximo em largura (contra 1,72 m) e mais baixo (contra 1,70 m). O entre-eixos não foi informado pela Citroën, mas deve exatamente igual ao do AirCross atual, que fica em 2,54 m, por conta do uso da mesmíssima plataforma, a PF1, agora chamada de plataforma A.
A modular CMP (Common Modular Platform), desenvolvida em parceria com a chinesa Dongfeng, ainda não chegou a nenhum modelo de produção, mas deve estrear no novo hatchback desenvolvido para a América do Sul, conhecido apenas pelo seu nome de projeto, P21, como revelado pelo pessoal do site Autos Segredos em janeiro deste ano. O novo carro deve chegar ao mercado em 2018.
Quanto ao C-AirCross, o fato de ele ainda usar a plataforma PF1/A aumenta as chances de a nova geração ser fabricada também na América do Sul e ainda mais no Brasil, onde os modelos com essa estrutura, como o Peugeot 2008, continuarão a ser fabricados. Só esperamos que, agora, eles finalmente recebam barras de proteção laterais, suprimidas de todos os modelos compactos da PSA na América do Sul por questão de custos.
A versão de produção certamente não terá as portas traseiras suicidas. Provavelmente também não as rodas de aro 18" com pneus de perfil baixo ou a tela sensível ao toque de 12" colocada no centro do painel, além dos bancos individuais, mas pode esperar pelo Citroën Advanced Comfort, um sistema que alia bancos e suspensão convencional para dar ao carro o mesmo conforto que os Citroën ofereciam com a suspensão hidropneumática. Quem já o experimentou diz que funciona bem. Aguardemos. Talvez a marca permita que o mercado brasileiro também o experimente. Talvez na segunda geração do AirCross.
Fotos: divulgação
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