Na contramão do Brasil, que encerrou o ano com queda de 20% nas vendas de automóveis, o mercado global teve crescimento acentuado nos últimos meses de 2016. Isso pode fazer 2017 chegar à quantidade de 77,73 milhões de automóveis vendidos, recorde histórico que pertencia ao ano passado, com 76,86 milhões de unidades, segundo o banco Scotiabank, do Canadá. O estudo feito pela instituição aponta que essa tendência de alta deve continuar em 2017, daí a expectativa de recorde, porém em um ritmo mais lento.
O aumento da demanda interna nos Estados Unidos, segundo maior mercado global, auxiliado pela retomada nos mercados emergentes, deve fazer o oitavo ano consecutivo de crescimento nas vendas globais de automóveis. A China, que fechou 2016 com impressionantes 28 milhões de emplacamentos, deve continuar a crescer, mas também com menos apetite.
Por outro lado, após anos de crescimento das vendas no Canadá e México (membros da NAFTA), espera-se uma leve queda em 2017. No Canadá, a redução se dará por conta dos reajustes de preços, bem como menor demanda em razão da substituição de importações nos EUA.
No caso do México, o principal fator de desaceleração nas vendas será o menor crescimento econômico aliado ao aumento nas taxas de juros e desvalorização da moeda. Vale lembrar que 40% dos veículos vendidos no país são importados.
Em queda nos últimos três anos, as vendas dos emergentes devem voltar a crescer em 2017, o primeiro aumento conjunto desde 2012. O interessante é a previsão de crescimento em todos as regiões, com destaque para a América do Sul, que começará a reverter a queda de quase 40% nos últimos três anos, especialmente no Brasil. A exceção é o Peru, o mercado mais estável da região nos últimos anos.
Fotos: divulgação
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