Brasil não tem potencial para carros 100% elétricos, diz pesquisa
Ao contrário da China e Estados Unidos, nosso país não é indicado para investimentos em modelos deste segmento
A falta de incentivos fiscais, problemas na estrutura de abastecimento elétrico e a dimensão do mercado de automóveis são os principais motivos para o Brasil - assim como Índia e Rússia - não serem, digamos, bons lugares para investimentos em carros 100% elétricos. É o que diz a Accenture, consultoria especializada em análises empresariais, com base em uma pesquisa feita em 14 países.
A pesquisa usa diversos dados para classificar cada país: os subsídios e incentivos fiscais para os carros elétricos, a estrutura para suprir o carregamento da frota de veículos na rede elétrica, o preço do combustível, o interesse pela compra dos veículos e inclusive o tempo de recarga de uma bateria. Ela serve para indicar o nível de investimentos que as fabricantes e empresas do setor devem destinar para cada localidade em pesquisas e desenvolvimento.
Os três países mostraram, além de um mercado fraco para os elétricos, uma perspectiva pequena de crescimento nos próximos anos. A falta de iniciativa dos governos e o valor do combustível, considerado baixo pela consultoria (no Brasil, Accenture?), são os principais pontos que tornam o trio desfavorável para a propulsão elétrica. A empresa deixa claro que aconselha que os investimentos sejam baixos, mas que este índice é reavaliado periodicamente e pode mudar com, por exemplo, alguma lei ou ação que impulsione este segmento.
Na outra ponta, estão China e Estados Unidos, com seus mercados já bem abastecidos de modelos elétricos, e com potencial de crescimento em alta. São, segundo o levantamento, os melhores locais para novos modelos e pontos de recarga e estrutura. A China, inclusive, é um dos líderes em pesquisas em baterias e motores, e tem metas de, por exemplo, 40% das vendas de automóveis sejam de elétricos em 2030.
Canadá, França, Alemanha, Índia, Japão, Holanda, Noruega, Coreia do Sul, Suécia e Reino Unido estão no "meio-termo". Mesmo com um mercado ainda fraco, estão procurando mudar este cenário e são bons locais para implementação dos veículos elétricos. Não é novidade que muitos deles estejam com metas de incentivos para novos propulsores mais limpos e ecológicos nas ruas para 2020.
"Nos mercados que mostram potencial de crescimento para veículos elétricos, as fabricantes precisam estar prontas para explorar o crescimento esperado para essa demanda e garantir que se atinja uma massa crítica quando a expansão estiver começando", disse Christina Raab, diretora executiva da Accenture. Ela completa: "Os fabricantes de automóveis devem estar atentos à forma como as agendas do governo podem abrir o caminho para um aumento na demanda no segmento - especialmente em um momento em que a indústria parece atingir um ponto crítico em direção aos veículos elétricos para o mercado de massa".
Fotos: divulgação
Bombando
ÚLTIMOS ARTIGOS
- 12:00 Os detalhes do Bao 5, o Leopardo chinês que a BYD vai vender no Brasil
- 11:00 Perto de mudar, Peugeot 2008 tem desconto com preço de Renault Kardian
- 10:00 ABVE: produção nacional de carros elétricos começará até 2026
- 09:00 RAM 1500 Classic sai de linha no Canadá, mas segue firme à venda no Brasil
- 08:00 Teste Chevrolet Spin Premier 2024: para quem precisa de 7 lugares
- 16:17 Ram Rampage Night Edition tem visual exclusivo e chega por R$ 277.990
- 15:18 Novo Renault Duster é lançado com conjunto híbrido E-Tech de 140 cv
- 12:19 Chery confirma picape média para brigar com Toyota Hilux e Ford Ranger