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Carros para sempre: VW Variant II foi irmã maior (e mais refinada) da Brasilia

Carros para sempre: VW Variant II foi irmã maior (e mais refinada) da Brasilia

Carros para sempre: VW Variant II foi irmã maior (e mais refinada) da Brasilia
Carros para sempre: VW Variant II foi irmã maior (e mais refinada) da Brasilia
Projeto 100% nacional, a Variant II foi lançada em 1977 (modelo 1978) com a missão de substituir a primeira geração da já cansada Variant, que havia sido lançada em 1969. Era um dos últimos projetos nacionais da Volkswagen com motor refrigerado a ar. A renovada perua da VW chegou praticamente junto com a Ford Belina II e também concorria com as versões mais em conta da Chevrolet Caravan, um carro bem maior e mais potente. Atualizada com o estilo visual da marca alemã vigente na época, a Variant II lembrava muito o design da Brasilia, mas era maior, mais espaçosa e adotava soluções técnicas mais modernas. Tinha também melhor dirigibilidade e menor consumo. Em relação à geração anterior, a Variant II ganhou 9,5 cm de distância entre-eixos e área envidraçada mais ampla, garantindo boa visibilidade. O interior trazia acabamento de boa qualidade e se destacava pelo novo painel de instrumentos retangular, totalmente diferente do padrão Fusca/Brasilia/Passat, que posteriormente seria aplicado no primeiro Gol - que só chegaria três anos depois, em 1980. Na lista de opcionais estavam conta-giros, relógio e rádio estéreo AM/FM. No porta-malas cabiam 467 litros (954 litros com o banco rebatido), sem contar ainda o porta-malas extra dianteiro, com capacidade para mais 137 litros. Apesar de boa capacidade, era o menor entre as suas concorrentes. Por fora ela parecia uma Brasilia, com a qual compartilhava itens como portas, faróis e lanternas, para-choque traseiro, para-brisa entre outros detalhes internos de acabamento. Mas em movimento a história era outra: estabilidade, conforto de rodagem, direção mais leve, câmbio de engates precisos e pedais bem modulados tornavam a condução bem mais agradável que na irmã menor. A suspensão era completamente diferente da Brasilia. Mais moderna, era do tipo McPherson com molas helicoidais na dianteira independente com braços de apoio na traseira, além de os pneus serem do tipo radial. Apesar disso, a receita básica continuava lá: motor boxer 1.6 litro refrigerado a ar que gerava 67 cv (2 cv a mais) montado na traseira. Com poucas mudanças ao longo de sua curta vida, a Variant II ganhou bancos com encostos separados e temporizador dos limpadores de para-brisa dianteiros. Sobreviveu até 1982, saindo de linha quase junto com a Brasília, que também se tornara obsoleta no mercado. Nesta época, a VW trabalhava a todo o vapor na nova família BX, que já tinha o Gol e o Voyage, enquanto a Parati iria ocupar o lugar de velha perua no fim do mesmo ano.

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Foto de: Julio Cesar
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