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Carros para sempre: Volkswagen Logus foi novo paradigma nos tempos da Autolatina

Carros para sempre: Volkswagen Logus foi novo paradigma nos tempos da Autolatina

Carros para sempre: Volkswagen Logus foi novo paradigma nos tempos da Autolatina
Nos tempos da Autolatina, no inicio de 1992, logo após o fracasso do Volkswagen Apolo, a marca alemã apresentava um novo produto para o segmento de sedãs médios compactos. Desta vez, a VW optou por um design próprio - diferente do Apolo/Verona, que eram clones -, até mesmo para causar mais impacto com algo realmente novo. Desta forma, em março de 1992, chegava ao mercado o Logus, um carro feito sobre a base do Ford Escort, porém com visual próprio e novos conceitos em termos de equipamentos e conforto.
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Projetado no estúdio Ghia em parceria com a filial brasileira da Volkswagen, o Logus era um sedã duas portas de visual bem atraente para a época (a opção pelas duas portas também evitava concorrência com o Ford Verona, que passava a ter quatro portas). Além disso, transpirava modernidade com ótima aerodinâmica, interior bem projetado, bom nível de conforto e acabamento interno.
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Lançado inicialmente nas versões CL 1.6 , GL 1.8 e GLS 1.8, o Logus se impunha como um carro moderno, confortável (acima da média para o padrão Volkswagen) e compartilhava a plataforma, mecânica e suspensão com o Escort. O ponto fraco era o desempenho na versão de entrada 1.6 - até mesmo o motor 1.8 não estava à altura do carro.
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O modelo foi bem aceito pelos consumidores, mas um tanto criticado pela imprensa especializada. Ele herdava os problemas do primo Escort, onde a suspensão pecava pela fragilidade, necessitando de constantes reparos. Destaque nas versões equipadas com motor 1.8 era o inédito "carburador eletrônico", que dispensava o uso do afogador e mantinha a marcha lenta sempre estável. Outra solução moderna era o câmbio acionado por cabos, ao invés do tradicional varão, um sistema semelhante ao utilizado no Golf alemão.
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Entre os itens disponíveis estavam a chave única que acionava o alarme na fechadura, fechamento automático de vidros com um toque e sistema antiesmagamento, toca-fitas digital com equalizador e memória, além de ar-condicionado (opcional). Eram itens que normalmente estavam presentes somente em carros de segmentos superiores.
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Logo depois, em 1994, o Logus ganhava o motor AP-2000 na versão de topo GLS. Isso dava novo fôlego ao sedã, com desempenho mais condizente, mas ainda mantinha o carburador eletrônico. No mesmo ano, o motor AE-1600 foi substituído pelo AP-1600, e poucos meses depois chegava a versão GLSi 2.0, já equipada com injeção eletrônica multiponto e que permitiu ao Logus alcançar velocidade máxima de 194 km/h (teste revista Quatro Rodas), se tornando o carro nacional mais veloz na época.
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Uma boa surpresa na linha era reservada para 1995. Para homenagear a matriz alemã, a filial brasileira lançou a edição Logus Wolfsburg Edition. Diferenciado, ele possuía faróis maiores (os mesmos do VW Pointer) de longo alcance, rodas de liga leve aro 14" de seis raios, pneus esportivos, frisos laterais de borracha e acabamento metálico, lanternas com luz de ré fumê e acabamento interno todo em veludo, além do atualizado motor 2.0i. Este foi o melhor Logus produzido em toda a sua trajetória. Com o encerramento da Autolatina em 1996 e vendas mornas, o Logus já estava com dias contados. No ano de 1997 ainda foram produzidas as últimas unidades, até o modelo se despedir definitivamente do mercado. No seu lugar a Volkswagen passou a trazer da Argentina o Polo Classic. O Logus foi um Volkswagen de coração, mas com a alma de Ford, que se refletia no rodar macio, conforto e desempenho que demorou a chegar - e apenas nas versões mais completas. Mas a essa altura a Autolatina já estava se dissolvendo e era tarde demais para o sedã.

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Foto de: Julio Cesar
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