Apesar de as picapes serem conhecidas como veículos para trabalho, boa parte do mercado do segmento de médias prefere a transmissão automática na hora da compra. Mas o que cada versão de entrada oferece ao comprador que procura esse conforto, além da autonomia e o bom espaço para ocupantes e versatilidade da caçamba?
Listamos por ordem de preço as versões de entrada das picapes médias vendidas no Brasil com o câmbio automático, o que trazem de equipamentos e as faltas sentidas quando as comparamos com as mais caras. Vale observar que todas as médias já ultrapassam os R$ 200 mil de tabela, sendo a maioria até acima dos R$ 250 mil. Veja as opções mais em conta de cada uma delas abaixo:
Com uma boa margem, a Ford Ranger Black é a mais barata da lista, mas ainda acima dos R$ 200 mil. Utiliza a mesma motorização 2.0 turbodiesel de outras configurações, com 170 cv e 41,2 kgfm de torque, associada ao câmbio de 6 marchas.
De série, o pacote de equipamentos é bem semelhante ao da Ranger XLS, com 7 airbags; painel de instrumentos com tela de 8"; sistema multimídia com tela de 10" com espelhamentos sem fios e atualizações remotas; acendimento automático dos faróis; seletor de modos de condução; carregador por indução; câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro entre os principais.
Entretanto, para manter o preço menos caro, a Ford abriu mão da tração 4x2, sendo melhor no uso urbano e em terrenos fora-de-estrada não muito pesados. Por R$ 219.990, a Ranger Black se aproxima de picapes menores, como a Fiat Toro Ranch, por R$ 219.990 e as Ford Maverick Lariat FX4, a partir de R$ 229.500; e a Ram Rampage Rebel, por R$ 254.990.
Com muita herança da Peugeot Landtrek e da Changan Hunter, a Titano sofre para se desvencilhar de um utilitário focado no trabalho e mostrar seu potencial para clientes que querem uma picape para o dia a dia. Apesar disso, a italiana tem predicados: é equipada com motor BlueHDi 2.2, que também é utilizado nos furgões Ducato, Boxer e Jumper, é robusto e, apesar de não ser dos mais fortes, é utilizado em diversos outros modelos do grupo Stellantis. O câmbio automático tem 6 marchas e a picape ainda oferece tração 4x4 com reduzida.
Nos seus itens de série, traz direção hidráulica, computador de bordo, ar-condicionado analógico, multimídia de 10" (com conexão para Apple CarPlay e Android Auto via cabo), além de 6 airbags. Apenas o essencial nessa faixa de preço. Por mais R$ 20.000, há a topo de linha Ranch, que acrescenta ar digital de duas zonas, faróis e limpadores com acendimento automático, sensores dianteiros e traseiros e saída de ventilação no banco traseiro. Uma boa diferença. No entanto, nenhuma das versões da picape da Fiat conta com sistemas de auxílio à condução (ADAS) de série.
Nova versão de entrada da picape japonesa sem pedal de embreagem, a versão STD Power Pack é bem franciscana, tendo rodas de aço de 17", faróis halógenos, retrovisores e maçanetas sem pintura, Já por dentro, há ar condicionado manual, forração de vinil para cabine e bancos, além de encostos de cabeça dianteiros fixos.
Em contrapartida, há tela multimídia de 9" sensível ao toque, rádio com MP3, entrada USB, conexão Bluetooth, conexão sem fio para smartphones e tablets através do espelhamento Android Auto e Apple CarPlay. Já na segurança, conta com 7 airbags. O motor é o mesmo 2.8 turbodiesel de 4 cilindros capaz de entregar 204 cv de potência e 50,9 kgfm de torque. É atrelado à transmissão automática de 6 marchas e à caixa de redução para tração 4x4.
Na versão SE, a picape vem com o câmbio automático de 7 marchas, usa o motor 2.3 diesel biturbo com 190 cv e 45,9 kgfm de torque. A tração também é 4x4 com reduzida. Entre os equipamentos, sistema multimídia com tela de 8" e espelhamento, câmera de ré, bloqueio eletrônico do diferencial traseiro, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, mas apenas 2 airbags. Se destaca pela suspensão traseira com molas helicoidais, não feixes como tradicionalmente no segmento.
A versão de entrada da L200, na versão Outdoor GLS, já traz tração 4x4 com reduzida e parte de R$ 256.990, aproximando-se das picapes médias mais baratas do segmento. Como destaque, traz sistema de som multimídia JBL, que também é seu defeito, pois tem somente 7". Sob o capô, oferece um 2.4 turbodiesel de 190 cv de potência e 43,9 kgfm de torque, além de transmissão automática de 5 marchas.
Recém-lançada, a picape da JAC Motors se destaca por vir em versão única, por R$ 259.990, e trazer um pacote bem recheado de série. Entre os destaques, tem painel digital, teto solar, lanternas e faróis de LED. Na motorização, traz um 2.0 turbodiesel que entrega 191 cv e 46,9 kgfm de torque. Ainda sim, conta com câmbio ZF de 8 marchas, o que deve aliviar alguns receios que possíveis compradores mais tradicionais do segmento possam ter. A tração também é 4x4 com reduzida.
Seguindo a receita da Outdoor sem as mudanças visuais, a versão Sport Outdoor inclui apliques plásticos nas caixas-de-roda, adesivos com o logotipo da versão, rodas de 18" com pintura exclusiva, para-choque frontal e grade na grafite fosco, além de retrovisores e rack de teto revestidos na mesma tonalidade. A lista de equipamentos inclui assistente de frenagem de emergência, assistente de partida em rampas, controle ativo de tração e estabilidade, multimídia de 7" da marca JBL, câmera de ré, ar-condicionado digital automático, volante com ajuste de altura e profundidade, assistente de condução com trailer, entre outros.
Sob o capô, o motor 2.4 turbodiesel desenvolve 190 cv e câmbio de 6 marchas, enquanto o sistema de tração 4x4 com reduzida é item de série e conta com acionamento eletrônico.
Por fora, a S10 Z71 2025 se diferencia pela dianteira com elementos pintados em preto brilhante no lugar dos cromados da High Country e da pintura na cor da carroceria da LTZ. Há rodas 18", molduras plásticas nas caixas-de-roda, maçanetas também em preto brilhante, estribos laterais e, por fim, chamativo santo-antônio na traseira.
A lista de equipamentos inclui faróis full-LED, 6 airbags, partida por botão, travas por aproximação e mais. A S10 Z71 não conta com recursos de assistência à condução, como alerta de colisão frontal, alerta de saída de faixa ou frenagem automática de emergência, que são exclusivos da LTZ e da High Country. O motor 2.8 turbodiesel é mesmo para as versões. Atualizado, o propulsor agora desenvolve 207 cv e 52 kgfm. Na linha 2025, o câmbio passou a ser automático de 8 marchas, enquanto a tração 4x4 com reduzida foi mantida
A Amarok 2025 é a única média no Brasil a oferecer somente o motor 3.0 V6. Ele entrega 258 cv e 59,1 kgfm de troque, sendo atrelado à transmissão automática de 8 marchas. Porém, é a única 4x4 da lista que não tem reduzida.
Outra novidade foi a introdução da multimídia de 9" (mesma da Saveiro 2025) atualizada. Na versão Comfortline, a picape já traz rodas de 17", 6 airbags, bancos dianteiros com ajustes elétricos, faróis de LED e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. Nas versões de topo (Highline e Extreme), há itens como ar-condicionado de duas zonas, grade iluminada, retrovisores com rebatimento, paddle-shifts, entre outros.
Picape mais cara do segmento, a BYD Shark traz somente uma versão, a GS. Sendo a única picape híbrida da categoria, conta com sistema plug-in composto pelo motor 1.5 turbo e dois motores elétricos alimentados por uma bateria de 29,6 kWh. No total, entrega 437 cv e a tração é nas 4 rodas, mas não há reduzida. Tabelada em quase R$ 400.000, a Shark enfrentará uma maré de dificuldades para alcançar seu espaço no segmento custando quase o dobro da picape mais barata dessa lista.
Para tentar vencer esse preconceito, a BYD joga com a tecnologia ao seu favor. De série, a picape dispõe de painel de instrumentos digital de 10,25", central multimídia de 12,8" capaz de girar (como no Dolphin ou Song Plus), câmera 360°, chave por aproximação com celular (NFC), visão 180° sob o veículo, carregador sem fio para smartphones, head-up display de 12". Na caçamba, a picape oferece tomadas também, além de possibilitar o uso da bateria principal para dar energia a eletrodomésticos (VTOL).
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