Diversas tecnologias correndo em paralelo, mobilidade urbana em discussão, queda nas vendas de carros elétricos e recuo dos governos quanto ao fim dos motores a combustão nos carros. O cenário da transição energética a nível mundial está confusa e difícil de prever. O convidado especial dessa semana no Motor1.com Podcast veio para esclarecer algumas coisas.
Lucas Di Grassi, cofundador da Fórmula E e campeão da categoria em 2017 explica quais tecnologias estão disponíveis e quais são mais viáveis. O papel do governo na transição energética também é questionado e, se você ficar até o final, acompanhará até uma conversa descontraída sobre patinetes elétricos.
A eletrificação tem sido um dos principais focos na evolução da tecnologia automotiva nas últimas décadas. Com a ascensão de preocupações ambientais e a busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, a eletrificação apresenta-se como uma solução promissora. No entanto, essa transição não é isenta de desafios e complexidades. Neste artigo, abordaremos a revolução da eletrificação, os avanços tecnológicos, e os desafios que ainda precisam ser superados.
Fórmula 1 x WRC x Fórmula E
A Fórmula E tem desempenhado um papel crucial no desenvolvimento e na promoção da tecnologia de veículos elétricos. Fundada em 2014, a categoria foi criada para servir como um laboratório de testes para inovações tecnológicas que poderiam, eventualmente, ser aplicadas a veículos comerciais. Lucas de Grassi, cofundador da Fórmula E e campeão da temporada 2017, destaca que os motores elétricos usados na Fórmula E possuem uma eficiência de até 98%, muito superior aos motores a combustão tradicionais.
A gasolina sintética surge como uma alternativa interessante aos combustíveis fósseis. Este combustível é produzido através da hidrólise da água para obter hidrogênio, que é então combinado com carbono retirado do ar para formar hidrocarbonetos. Embora o processo seja promissor por ser carbono neutro, ele requer uma quantidade enorme de energia, tornando-o, atualmente, não viável em larga escala. Contudo, para aplicações específicas, como carros de corrida, a gasolina sintética pode ser uma solução mais eficiente do que motores híbridos.
A evolução das baterias tem sido rápida e impressionante. Nos últimos anos, a densidade energética das baterias tem aumentado significativamente, reduzindo custos e melhorando a eficiência. Na China, por exemplo, a previsão é de alcançar um custo de 50 dólares por kWh em breve, tornando os veículos elétricos muito mais acessíveis. Essa redução de custo é crucial para a popularização dos veículos elétricos, especialmente em contextos urbanos.
Embora o hidrogênio seja visto como uma alternativa limpa, sua utilização em veículos apresenta vários desafios. O hidrogênio é difícil de armazenar e transportar, além de ser caro. A produção de hidrogênio requer a quebra de moléculas de água, um processo que consome muita energia. Carros movidos a hidrogênio funcionam como veículos elétricos, mas em vez de armazenar energia em baterias, utilizam células de combustível para converter hidrogênio em eletricidade.
A micromobilidade elétrica, que inclui bicicletas e patinetes elétricos, tem ganhado popularidade como uma solução eficiente para o transporte urbano de curta distância. Lucas de Grassi é um dos fundadores da Federação Mundial de Micromobilidade, que visa promover o uso desses veículos como uma alternativa sustentável e acessível. A micromobilidade oferece uma maneira de reduzir o tráfego e a poluição em áreas urbanas densamente povoadas.
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