[ATUALIZAÇÃO: 26/12/2022]: Estamos no fim do ano e chegou o momento de fazer a última atualização desta lista, adicionando a dupla Volkswagen Gol e Voyage, que tiveram a produção encerrada no dia 23 de dezembro.
Ainda estamos no começo do 2º semestre de 2022 e diversos automóveis já deram adeus ao mercado brasileiro. Alguns por mudanças estratégicas por parte da fabricante, outros pela idade avançada e tem aqueles que já não tinham mais um volume de venda que justificasse sua presença no país. E isto afeta marcas de todos os tipos, desde Caoa Chery até BMW.
A lista não chega a ser tão grande pois muitas empresas fizeram uma limpa em seus portfólios no ano passado, antecipando as mudanças do Proconve L7. Por exemplo, Honda havia encerrado a produção de Fit e WR-V, enquanto a Chevrolet parou de montar a dupla Joy e Joy Plus – nestes dois casos, o estoque remanescente continuou sendo vendido por alguns meses. Como o fim já havia sido anunciado, não os colocamos na lista para 2022.
Também deixamos de fora alguns casos de modelos que estão em uma entressafra. A Honda parou de produzir o Civic nacional, mas promete a nova geração para o último trimestre do ano, agora importado da Tailândia. Outro carro em situação parecida é o Hyundai Tucson de terceira geração, que está com a produção suspensa, mas que receberá uma reestilização em breve, que inclusive já foi vista em testes.
Uma alternativa mais estilosa e com visual de cupê para o X1, o BMW X2 deixou de ser oferecido no Brasil em fevereiro, sendo retirado do site oficial. Foi lançado aqui em 2018 mas nunca fez muito sucesso, com o cliente preferindo pagar menos pelo X1 ou subir para o X3. Oficialmente, a BMW diz que interrompeu a importação após o fim do estoque atual e que estuda se irá retomar as vendas com a reestilização do carro, prevista para o ano que vem.
O primeiro carro da Caoa Chery após comprar 50% da operação nacional da marca chinesa, o Tiggo 2 foi mantido na linha após a chegada do Tiggo 3X, mesmo que este último seja sua reestilização. A ideia era usar uma tática velha, mantendo um modelo mais antigo como uma opção de entrada. Porém, deu adeus ao mercado brasileiro junto com o Tiggo 3X, após a paralisação das operações da fábrica em Jacareí. Antes mesmo disso, já tinha desaparecido das lojas.
O caso do Caoa Chery Tiggo 3X é o mais emblemático do ano, sem qualquer dúvida. O pequeno SUV havia sido lançado em maio de 2021 e, exatamente um ano depois, a fabricante anunciou o fim do carro. O motivo foi uma mudança estratégia que levou à suspensão de toda a produção da fábrica em Jacareí (SP) até 2025, para que o complexo seja readequado para produzir carros eletrificados no futuro.
Dá para pedir música no Fantástico. O Caoa Chery Arrizo 6 também deu adeus ao mercado, embora de forma um pouco mais silenciosa – a fabricante insistiu que o manteria em linha após a chegada do Arrizo 6 Pro. Mesmo com o fechamento da fábrica em Jacareí até 2025, a empresa dizia que traria a versão pré-reestilização importada da China. Porém, pouco depois, executivos da Caoa Chery confirmaram à Motor1.com que o plano foi descartado, pois o carro não teria preço para competir e que a fabricante irá focar no Arrizo 6 Pro.
Um dos poucos hatches aventureiros do mercado brasileiro, o Hyundai HB20X saiu de linha após oito anos e duas gerações. Seu adeus aconteceu em janeiro, meses antes do HB20 ser reestilizado. O Proconve L7 afetou o modelo, que era equipado somente com o motor 1.6 flex. Além disso, a fabricante sul-coreana preferiu direcionar o cliente para o Creta Action, geração anterior do SUV compacto que segue nas lojas em versão única.
Um dos carros mais velhos ainda sendo vendidos no Brasil, o Hyundai ix35 enfim deixa de ser oferecido no país. A segunda geração do Tucson ainda era produzido em Anápolis (GO), porém não conseguiu atender as normas do Proconve L7 e o custo de atualização era grande demais para compensar. Porém, a terceira geração do SUV médio seguirá viva, recebendo uma reestilização – que foi lançada no mercado global em 2018.
Basicamente uma reestilização para o ASX, o Mitsubishi Outlander Sport ficou pouco tempo no mercado. Lançado em julho de 2020, trazia a mesma identidade de design que a fabricante estava utilizando em lançamentos mais atuais como Pajero Sport ou Outlander. A ideia inicia era que convivesse com o ASX anterior, mas o modelo antigo saiu de linha em novembro de 2021 e manteve o Outlander Sport nas lojas. Veio o Proconve L7 e a marca começou a fazer as contas se valeria a pena adaptar o motor 2.0 de 170 cv para as novas normas. Acabou decidindo que não valeria o esforço e não retomou a produção, que estava paralisada desde dezembro.
Este é um que gerou polêmica. A Renault acabou com o Sandero, mas manteve o Stepway, que é praticamente o mesmo carro mais com uma proposta mais aventureira. Só que, tecnicamente, o Stepway não usa mais o nome Sandero há alguns anos, o que leva à aposentadoria do nome. Não é uma surpresa. A fabricante francesa havia reduzido a oferta do hatchback para somente uma versão, a S Edition, acabando com as demais configurações e com o esportivo Sandero RS. Já havíamos publicado que a Renault planejava dar uma sobrevida de aproximadamente dois anos para o Sandero e o Logan, enquanto trabalha em um novo SUV compacto.
A Suzuki, neste momento, é uma marca de um carro só. Com outros modelos como Vitara e S-Cross fora do país, o Jimny era a única opção, mas era vendido em duas gerações diferentes: o mais atual importado do Japão, e o antigo produzido em Catalão (GO). Agora, teremos somente o Jimny Sierra japonês, pois o modelo anterior deixou de ser feito no Brasil, encerrando a carreira de 23 anos.
Mais conhecida atualmente pelos seus SUVs, a Volvo ainda oferecia o sedã S60 no Brasil. Isto mudou em março, quando foi retirado de linha, decisão motivada pelo baixo volume de vendas e pela nova estratégia da fabricante sueca, direcionando seus esforços nos modelos elétricos. Caso tivesse um pouco mais de presença, até poderia ter sobrevivido como XC60, que tem motorização híbrida e segue nas lojas. Ao menos a empresa diz que, se ganhar uma nova geração totalmente elétrica, tem chances de retornar ao nosso país.
Não é nenhum exagero falar que o Volkswagen Gol é o principal carro desta lista. Afinal, estamos falando de um automóvel que, em seus 42 anos no mercado, liderou as vendas por 27 anos consecutivos, algo que pode nunca ser superado. A marca confirmou o fim da produção, com a última unidade saindo da linha de montagem em Taubaté (SP) no dia 23 de dezembro. Terá um "substituto" com a chegada do Polo Track, uma versão mais barata do hatch, que ocupará o espaço do Gol também na fábrica paulista e que fará sua estreia em janeiro.
O Gol não foi o único carro da Volkswagen a sair de linha. Seu companheiro Voyage também dá adeus ao mercado brasileiro, encerrando a produção no mesmo momento. Ao contrário do hatch, o sedã teve uma carreira um pouco mais tímida nas últimas gerações, tanto é que a fabricante nem está com pressa para lançar um substituto - embora prometa ter uma linha de carros de entrada com mais "3 ou 4 modelos".
O caso do Volvo S90 é igual ao do S60, mas com o agravante de que vendia ainda menos do que o S60. O baixo volume, aliado à falta de uma versão elétrica, motivou o fim de sua importação. Assim como o S60, os executivos da Volvo dizem que o sedã pode voltar a ser vendido caso vire 100% elétrico no futuro.
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