Em agosto de 1984, a Fiat apresentava o Uno no Brasil, cerca de um ano após o lançamento na Europa. O hatch marcou uma mudança radical para a marca italiana que, até então, tinha apenas o 147 e seus derivados em linha. Produzido em Betim (MG), ficou marcado pela robustez, eficiência e confiabilidade principalmente em sua primeira geração, aposentada em 2013.
O destaque na época estava no aproveitamento de espaço interno. Com design quadrado (que lhe rendeu o apelido de "botinha ortopédica" nos anos 80), recebeu elogios pelo seu porta-malas e também pela economia de combustível. Foi lançado em três versões (S, CS e SX) utilizando motores quatro cilindros de 1.050 cc e 1.300 cc, este com carburador duplo que produzia 71,4 cv com gasolina e 70 cv na versão a etanol. Em seguida, nasciam os derivados Elba, Prêmio e Fiorino.
Como esportivo, o Uno também fez sua fama com as versões 1.5R, 1.6R, além do Uno Turbo, um dos primeiros sobrealimentados de fábrica no Brasil. Além do visual diferenciado, tinha suspensão, transmissão e interior modificados.
Em 1990, nascia o Uno Mille (mais tarde apenas Mille), com motor 1.0 (uma versão reduzida do antigo 1.050) para aproveitar o incentivo do governo para esta cilindrada de motores. Em 1991, um facelift trouxe novos faróis e grade dianteira, mais finos, num design que sobreviveu até 2004, quando teve uma reestilização mais profunda e que foi levada até 2013.
Em 2010, conhecemos a nova geração do Uno. Bem diferente do que era conhecido até então, tinha nova plataforma, interior e design em forma de cubo, um quadrado com cantos arredondados. Anos mais tarde, ele seria responsável pela estreia dos motores FireFly 1.0 de 3 cilindros e 1.3 de 4 cilindros, motores que são as bases para os futuros propulsores turbo da marca.
Até julho deste ano, foram produzidas 4 milhões de unidades do Uno em Betim (MG) para o mercado local e exportação.
Fotos: divulgação
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