No começo dos anos 1990, a Peugeot começou a operar no Brasil apenas com importados. Na lista, o sedã e a perua 405, o hatch, sedã e perua 306, a picape 504 a diesel e o hatch 205. Mas a marca ganhou mercado apenas 1999, quando começa a venda do hatch 206, importado da França e, depois, da Argentina.
Mas a história do 206 começa um pouco antes. Em setembro de 1998, a Peugeot lança oficialmente o sucessor do famoso 205. A empresa francesa não pretendia ter um novo hatch após o 205, já que a linha estava com o 106 e o 306 cobrindo a faixa de preços quase completa no exterior. Mas a concorrência, como o Ford Fiesta, obrigaram a Peugeot a mudar estes planos.
O 206 foi um dos divisores de águas em termos de design. Assinado pelo estúdio italiano Pininfarina, se mantém atual até hoje, mesmo 20 anos depois. Dentro da marca, sai as linhas quadradas do 205 (e demais modelos maiores) e entram linhas mais suaves e arredondadas.. Na Europa, os motores eram os 1.1, 1.4 e 1.6 a gasolina e 1.9 a diesel, sempre com câmbio manual de 5 marchas. Em 1999, entra em cena o 2.0 de 180 cv, dando origem ao 206 RC, ou GTI, dependendo do mercado, modelo que não chegou ao Brasil.
Por aqui, o 206 chega sempre com o motor 1.6 8 válvulas a gasolina (TU5JP), de 90 cv e 14 kgfm de torque, em três versões: Passion, Soleil e Rallye, com detalhes diferenciados, como os para-lamas dianteiros mais largos e bancos semi-concha no interior. Em 2000, o Rallye ganha o motor 1.6 16v (TU5JP4), de 110 cv, e começa a ser vendido o 206 1.0, com motor fornecido pela Renault (D4D), com 70 cv e 9,5 kgfm de torque.
Em 2001, começa a produção em Porto Real (RJ). Com isso, a Peugeot entra em um concorrido segmento dos populares, apostando em design e acabamento como seus principais diferenciais. Entra em linha o 206 Selection e se mantém as demais, inclusive a Rallye, mas o motor 1.6 8v é substituído pelo 16v em toda a linha. Em 2003, é lançada a série Quiksilver, em parceria com a grife de surf wear, que trazia os mesmos acabamentos do Rallye, mas em tecido diferenciado e com motores 1.0 ou 1.6.
Em 2004, o 206 recebe seu único facelift. Faróis ganham lente lisa de policarbonato em todas as versões e a traseira recebe lanternas com nova assinatura de luz e o logo da Peugeot fica maior, ganhando nova posição na tampa. Mudam as nomenclaturas, se tornando Sensation, Presence e Feline, mantendo a Rallye até 2006. O motor 1.0 é aposentado, dando lugar ao 1.4 (TU3JP) flex, de 80/82 cv e 12,6 kgfm e torque. Isso deu origem a uma campanha de marketing da Peugeot, que oferecia o 1.4 no mesmo segmento e preço dos demais 1.0 de concorrência.
Em 2007, a versão Feline 1.6 ganha câmbio automático de 4 marchas (AL4). Também entra na linha a versão Allure, com motor 1.6, rodas de 15" e interior que pertencia ao Rallye, que deixa de ser fabricado. A Peugeot também lança o 206 Moonlight, um Presence com teto-solar elétrico.
Durante os 20 anos, o 206 ganhou mais três variantes de carroceria. O 206 CC, conversível com teto rígido elétrico, foi lançado em 2000. O 206 SW, perua, aparece em 2001 (no Brasil em 2005, inclusive em versão aventureira Escapade) e sedã, que só chega por aqui com o 207.
Em 2008, a Peugeot lança o 207 para a América Latina, que era o 206 com interior, dianteira e traseira que remetem ao 207 europeu, este realmente uma nova geração. Não fez o mesmo sucesso do 206 e prejudicou a fama da marca no Brasil. Foi lançado na Europa como o 206+, solução que seria a ideal para o Brasil. Em novembro de 2009, o 206 (que sobrevivia como uma versão mais barata ao 207) deixa de ser produzido em Porto Real (RJ) definitivamente.
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