Em breve, chegará às lojas brasileiras o Citroën C4 Lounge reestilizado. Porém, a investida da marca francesa no segmento de sedãs médios é um pouco mais antiga. Em 2007, o público brasileiro conhecia o C4 Pallas, versão sedã do C4 VTR (2 portas) e do C4 hatch, naquele momento já vendidos no país.
Se a dianteira usava os mesmos elementos do hatch, o mesmo não podia ser dito do restante da carroceria. O sedã ostentava 4,77 m de comprimento (51 cm a mais que o hatch) e entre-eixos de 2,71 m (10,4 cm extras), o que lhe proporcionava um porta-malas de gigantescos 580 litros. Espaço (para ocupantes e bagagem) era um dos principais diferenciais do Pallas diante dos concorrentes da época, como Honda New Civic, Toyota Corolla "Brad Pitt" e VW Bora.
Como nos C4 hatch e cupê, o Pallas tinha diversas particularidades. Por dentro, o volante com a parte central fixa virou marca registrada da linha C4, além do painel de instrumentos digital centralizado, com apenas o conta-giros instalado acima do volante (abolido em 2010). Usava os mesmos componentes do hatch, com acabamento de bons materiais e diversas peças macias ao toque.
Opcionalmente, oferecia faróis de xenônio direcionais, algo que chama a atenção até hoje. O ar-condicionado digital podia ser de duas zonas, com saída exclusiva para o banco traseiro e regulagem independente de intensidade. Como nos demais C4, o Pallas também oferecia a essência para ser colocada no sistema de ventilação (o famoso perfuminho).
O Pallas começou a ser vendido no Brasil com o motor 2.0 16V (EW10) movido apenas a gasolina e com 143 cv, em versões com câmbio manual de 5 marchas ou automático de 4 marchas. As opções de acabamento eram GLX, Exclusive e Exclusive Pack. Em 2008, o sedã ganhava motorização flex, chegando aos 151 cv quando abastecido com etanol. As opções de câmbio se mantiveram as mesmas até o fim de sua carreira.
A produção sempre ocorreu na Argentina, chegando ao fim em 2013, quando o C4 Lounge foi apresentado. Mesmo cheio de destaques e com marketing agressivo (o presidente da Citroën na época, Sérgio Habib, disse que se não vendesse 2 mil unidades por mês seria um fracasso), nunca conseguiu passar da 4ª colocação entre os sedãs médios. Mas chegou a emplacar 1,8 mil unidades mensais no lançamento, fazendo mais sucesso que o C4 Lounge, seu sucessor. Veja as vendas anuais abaixo:
ANO | EMPLACADOS |
2007 | 6.154 |
2008 | 17.945 |
2009 | 12.020 |
2010 | 11.945 |
2011 | 7.250 |
2012 | 3.919 |
2013 | 2.489 |
Dados de vendas: Fenabrave
Fotos: divulgação
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Volkswagen comemora os 65 anos de seu complexo industrial na Via Anchieta
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Hildebrand & Wolfmüller, a mãe de todas as motos, teve um fim melancólico
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
Exclusivo: mais um Tucker chega ao Brasil com destino ao museu Carde em SP
Quer apostar? Híbridos vão depreciar mais que elétricos daqui a 10 anos
História: Os 40 anos do Kadett que chegou ao Brasil